Além da Imaginação Real

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terça-feira, 30 de maio de 2017

Matérias do Além: A casa “mais mal assombrada do mundo”


Uma casa famosa na Inglaterra por ser mal assombrada estará aberta para visitação.
A ideia partiu do atual proprietário, Andy Yates, pois ninguém quer viver na residência. O motivo? Relatos de fatos estranhos e atividades paranormais no local.
A casa foi apelidada de “The Hostel” ou Albergue, por especialistas em casos fantasmagóricos e está localizada na cidade de Hull, litoral do nordeste da Inglaterra. Segundo relatos do dono da casa e de um grupo de “caçadores de fantasmas”, que passaram algumas horas na residência, fatos bizarros acontecem lá dentro, e algumas pessoas até já ficaram doentes ao entrar na casa.
Essa casa é famosa na Inglaterra por relatos de aparições de fantasmas, objetos que se movem sozinhos e sensações estranhas nas pessoas que entram no local.


De acordo com um grupo de especialistas em casos paranormais, essas situações estranhas acontecem por causa da presença de espíritos que habitam na residência o espírito maligno de um homem que morreu por enforcamento, tem também a presença de uma mulher e três crianças.
Ainda de acordo com o grupo, o homem matou a mulher e as crianças e os enterrou no quintal da casa. Eles afirmam também que três integrantes do grupo passaram mal ao entrarem na casa e chegaram até a vomitar.
Andy Yates, atual proprietário da residência, relatou ter visto a sombra de uma criança saindo de dentro da lareira. Ele já tentou alugar a casa várias vezes, mas os inquilinos passam pouquíssimo tempo por lá.


A fachada da casa demonstra abandono, tristeza e descuido…
A casa está aberta para visitantes que sentem curiosidade em conhecer lugares mal assombrados ou simplesmente aqueles que são curiosos e querem se hospedar na tão famosa casa. Ele cobra um valor equivalente a 335 reais.



Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek


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segunda-feira, 29 de maio de 2017

Matérias do Além: McDonald’s abandonado.


Quando falamos da rede fast food McDonald’s, é uma das maiores cadeias mundial de restaurantes de fast food de hambúrguer, perdendo apenas para o Burguer King. O McDonald’s serve cerca de 68 milhões de clientes por dia em 119 países, através de cerca de 35 mil pontos. Com sede nos Estados Unidos, a empresa começou em 1940 como uma churrascaria operada por Richard e Maurice McDonald. Em 1948, eles reorganizam seus negócios como uma hamburgueria que usava os princípios de uma linha de produção.
O assunto de hoje não é a história do McDonald’s, mas sim alguns McDonald’s dos Estados Unidos que estão abandonados e são assustadores.
Quando você vai aos EUA, a cada esquina, você encontra uma franquia da rede, e isso é a coisa mais normal do mundo. Mas e quando uma franquia não dá certo e esses lugares acabam sendo abandonados? As franquias ficam parecendo filmes de terror, e é isso o que nós vamos mostrar para vocês:



E dificilmente vocês encontrariam uma franquia assim, sem ninguém dentro e com vários lugares para sentar.


E quantas franquias do McDonald’s vocês já viram abandonada? Provavelmente nenhuma!


Com certeza vocês nunca viram a cozinha de um McDonald’s, ela não costuma ser tão suja como vocês estão vendo.


Agora,como uma franquia consegue falir nos EUA? 


E essas escritas no Ronald Mcdonald, vocês acham que foram pessoas que assinaram ou foram as pessoas que ele matou?


O que será que aconteceu nessa franquia? Porque realmente ela está completamente destruída.


Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek



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quinta-feira, 25 de maio de 2017

Relatos do Alem #15 Aquela Boneca!


Olá me chamo Achilly Guerra, esse relato que vou contar se passou quando eu era criança.
Quando eu era pequena minha falecida avó achou uma boneca na esquina de uma rua e trouxe pra mim. A boneca era linda usava maquiagem cabelos vermelhos e ate os ombros e nela veio cerca de umas dez alianças penduradas em fitas vermelhas, ate ai tudo bem,me encantei pela boneca, ela tinha um sorriso sínico.
Eu e uma amiga minha de infância tiramos as alianças e colocamos em nossos dedos ,brincamos o dia todo, e depois cansamos e fomos dormir. 
No dia seguinte notei algo estranho nela, a boneca estava com um semblante serio não estava mais rindo e os cabelos que eram ate os ombros estavam ate a cintura, fiquei assustada,der repente Minha avó paterna que era espirita na época, pulou da sala para a cozinha entrou na nossa frente e falou as seguintes palavras:

- Pode deixa que ela vai devolver o que é seu.

Me abaixei entre as pernas da minha avó, e vi uma velha com uma saia vermelha rodopiando, eu me apavorei mais ainda, depois no mesmo dia juntamos as alianças e a boneca colocamos em uma sacola e deixamos ela de baixo de um coqueiro na praia.
Quando lembro dessa mulher vindo cobrar o que era dela me arrepio dos pés a cabeça.

Relato enviado por:  Achilly Guerra


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terça-feira, 23 de maio de 2017

Além da Imaginação Real: E se? São Paulo estivesse em Chamas!? # Parte Final



Do lado direito havia o Shopping Santa Cruz, do esquerdo, o Colégio Marista. As placas de publicidade voavam sem controle, atingindo com uma violência absurda as pessoas na multidão. Um pedaço enorme de concreto desabou sobre a bilheteria, estilhaçando os vidros que rodopiaram com violência e atingiram as pessoas. Muitos caíram como se fossem atingidos por tiros. Abaixei-me e virei à esquerda, mas precisei me segurar numa das máquinas de recarga de bilhete único. O vento parecia um furacão, mas não abandonei meu objetivo, não queria estar lá quando o que estava vindo pelo túnel chegasse. Deitado no chão eu fiz o máximo de força para rastejar até a escada, usei as máquinas de recarga como apoio e impulso. Acho que arranquei a última e sofri um corte no tornozelo. Consegui chegar à esquina da escada, detritos voavam para dentro da estação e o vento quase me levantou, mas me segurei no corrimão. Havia um carro capotado na escada do meio, pessoas atingidas por ele. Umas mortas por esmagamento, outras ainda vivas, presas sob o carro, muito sangue espirrado nas paredes e nos degraus. O dia havia escurecido fora de hora e havia muito barulho de batidas de carros na rua e o vento quente rugindo numa velocidade de furacão. Olhei para trás pensando seriamente em voltar, talvez pelo outro lado conseguisse algum abrigo melhor no Shopping Santa Cruz. O chão tremeu mais forte, o pavor aumentou e uma força animalesca tomou conta dos meus músculos. Um homem preso sob o carro, mas ainda vivo, esticou o braço para mim como se quisesse me salvar. Talvez fosse o contrário, mas aproveitei e segurando-me no seu braço e no carro, subi uma boa parte da escada. Ele berrava com as pernas esmagadas sob o carro e não queria me soltar. De dentro da estação ouvi uma gritaria de pavor chegando cada vez mais perto. Chutei o meio homem que me segurava, chutei com fúria e ele me soltou. Escalei o carro e deparei-me com uma árvore caída no fim da escada. O vento empurrava a copa, mas o tronco e as raízes estavam enroscados na grade do Colégio Marista, que contorna aquela saída da estação. Eu não podia me arriscar a passar por baixo do tronco e ser esmagado. Segurei-me no carro e sem querer olhei para dentro: havia uma criança na cadeirinha, de cabeça para baixo, com os braços balançando. A árvore toda começou a fazer um movimento violento, como um boi bravo, arrancou a grade e voaram numa velocidade alucinante. Rastejei pela lateral da escada e protegi-me atrás do muro do colégio, uma construção do século XIX. Na avenida os carros eram arrastados sem controle, capotando como se fossem de brinquedo, pessoas e árvores voavam como papéis. A grua das obras de ampliação do metrô tombou, fazendo a lateral do shopping desmoronar e o vento levou o resto aos poucos. O chão tremeu com mais violência e as pessoas começaram a sair correndo da estação, com a força incrível do desespero, mas eram carregadas pelo vento como jornal velho. O muro que me abrigava começou a rachar, mais e mais pessoas saíam correndo de dentro da estação, algumas em chamas. Uma bola de fogo subiu as escadas, medindo forças com o furacão. No meio da avenida houve uma explosão que abriu uma cratera de onde jorrava o fogo. Ironicamente, nessa hora um caminhão do Corpo de Bombeiros era arrastado pela avenida como se fosse de plástico e o vento levava a língua de fogo para o outro lado. O barulho da destruição era indescritível. Uma parte do muro do colégio veio abaixo, atingido por um carro, onde havia pessoas dentro. Eu não podia mais respirar perto daquela fúria de elementos, segurei-me no carro com toda força de um sobrevivente, ferindo ainda mais as mãos. Entrei no colégio pelo buraco do muro e o vento me derrubou e arrastou, sem controle, até que parei num canto do jardim. Atordoado, procurei por algum modo de entrar no prédio do colégio, mas as janelas eram altas. Foi nessa hora que vi a torre da Igreja da Saúde tombar após ser atingida por um helicóptero. E ali, sentindo as maiores dores que já senti, com o braço quebrado, o pé esquerdo virado para o lado errado, com as roupas esfarrapadas, jogado numa pilha de entulho e cadáveres, olhei para cima e vi, erguendo-se imponente no céu, lá pelos lados da Praça da Sé, um improvável cogumelo atômico. Após isso eu apaguei e tudo tornou-se escuridão.

Conto Enviado por: Carlos Henrique Fernandes Gomes


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quarta-feira, 17 de maio de 2017

Além da Imaginação Real: E se? São Paulo estivesse em Chamas!? # Parte 2


Cortei as mãos nos vidros estilhaçados, rasguei a perna na armação retorcida da porta do elevador, cheguei ao piso superior e um pedaço de concreto caiu no meu ombro. Havia um mar de gente, provavelmente vindo da rua e do shopping Santa Cruz. Um vento quente soprava com uma violência absurda vindo de todos os lados. Parecia uma tempestade de areia por causa da poeira que caia do teto junto com os pedaços de concreto. As luzes que sobraram começaram a estourar e a única claridade era das faíscas nas luminárias. Uma esteria de barulho de gente gritando, o vento forte, o concreto caindo. Todos em pânico, todos selvagens, tentando descer para as plataformas. Abri caminho. Quem já foi em show do Iron Maiden tem uma certa prática com isso. É quase como nadar, dando braçadas e tomando impulso. Só que não. No show estamos todos olhando para o mesmo lado. Eu enfrentava uma multidão que ia para o outro lado e lutava pela sobrevivência. Precisava sair dali, tinha certeza que algo ruim vinha pelo túnel do metrô. Abri caminho, precisava chegar até as catracas, passar por elas e ir para a esquerda. Empurrei, fui empurrado, derrubei pessoas que provavelmente morreriam pisoteadas, um pandemônio de rostos assustados, sujos de pó e sangue. Todos indo na direção contrária e eu querendo chegar à rua.
Minhas mãos ardiam, minha perna ferida latejava e eu sentia a calça molhada, com certeza, por causa do sangue. Não conseguia ver nada, guiava-me pela intuição, conhecia a estação como a palma da minha mão. Mas ambas estavam irreconhecíveis, a mão ferida e a estação destruída. Tudo tremia com mais violência a cada instante, pedaços maiores de concreto caíam e a poeira impedia-me de ver alguma coisa. As catracas não estavam mais no lugar. Abri caminho até chegar à parede do lado esquerdo.Pisei em coisas macias e várias vezes tive a impressão que minhas pernas eram agarradas. Empurrei as pessoas com toda a minha força e cheguei a um pequeno corredor que leva à escada.

Continua...

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segunda-feira, 15 de maio de 2017

Além da Imaginação Real: E se? São Paulo estivesse em Chamas!? # Parte 1


Eu estava a caminho da Galeria do Rock para buscar meu disco novo: The Book of Souls, do Iron Maiden em vinil importado, meu sonho de consumo. Juntei dinheiro e encomendei. Demorou, mas chegou, não via a hora de sentir seu cheiro, de colocar ele na vitrola e tocar bem alto. Na plataforma da estação Santa Cruz do metrô, eu esperava o trem chegar. Nos fones de ouvido rolava Iron Maiden, é claro, e com o celular na mão eu via minhas mensagens. Mas é foda! Desgraça não manda um Whats App avisando que está chegando. De repente o chão tremeu, as paredes racharam e várias lâmpadas estouraram, ecoando pelo túnel do metrô, vindo do lado do centro da cidade, ouvimos um estrondo abafado. Apenas um segundo foi o suficiente para que todos entrassem em pânico, pessoas passando por cima uma das outras, tentando subir as escadas para sair da estação.  Não havia tanta gente como num horário de pico, mas as rotas de fuga eram estreitas. Fiquei sem reação, paralisado, vendo gente ser pisoteada ou cair nos trilhos. Os gritos misturavam-se ao chão tremendo, ao concreto e poeira caindo, ao estrondo como o rugido de um monstro ecoando pelo túnel. As poucas luminárias que restaram piscavam e faíscas saíam das apagadas. O elevador entre o piso de cima e a plataforma tombou rangendo, estilhaçando os vidros, e caiu nos trilhos. Ouvi o  barulho de um trem chegando, vinha da direção do estrondo, do centro da cidade. Olhei para o túnel e avistei um clarão se aproximando. O trem em chamas passou em alta velocidade, pelo outro lado, atropelando várias pessoas que caíram nos trilhos. Fogo saindo pelas janelas quebradas, deixando um rastro de fumaça preta. Já havia seguido quase todo o túnel quando começou a descarrilar, derrubando pilares, até parar mais adiante dentro do túnel. Uma explosão fez uma bola de fogo invadir a plataforma, desfazendo-se em segundos. Pessoas pegavam fogo, caíam nos trilhos ou jogavam-se na aglomeração de quem tentava subir as escadas. Gritos e mais gritos misturados com o estrondo ininterrupto que ecoava pelo túnel. Eu ainda estava sem reação, encostado à parede, apenas como um espectador. As pessoas que tentavam subir voltavam à plataforma como se fossem empurradas e um grupo vinha da estação Vila Mariana, correndo entre os trilhos. Senti um calor intenso soprando pelo túnel como um vento cada vez mais forte, vindo do lado do centro da cidade. As pessoas que corriam pelo túnel desequilibraram-se com a força desse vento. O ar tornou-se irrespirável e sem ar não fico nem fodendo! Isso me fez sair do torpor com uma descarga de adrenalina. Tenho pavor de ficar sem ar! Arranquei os fones de ouvido e escalei o que sobrou da estrutura do elevador em direção à rua, rumo à salvação, em busca de ar.

Continua....


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terça-feira, 9 de maio de 2017

Contos de Terror: O Padre das Sombras # Parte 3- Final


Padre Willian retirou uma bíblia do bolso, pequena, parecia piada. Jogou ela no meio do desenho e os possuídos gritaram. Ele começou a falar algumas palavras em latim, e cada vez que ele falava os possuídos queimavam, em poucos minutos eu já sentia cheiro de carne queimada, um dos homens vomitou contra o Padre, e de dentro de sua boca saiu uma criança toda deformada, ela bateu na grade e quando chegou ao chão começou a chorar, e gritar desesperada. A mulher desceu da parede e cuspiu contra mim, um olho bateu no meu braço e caiu no chão, de repente ele estourou e uma barata saiu de dentro dele e veio em minha direção, eu pisei sobre ela e ouvi o ruído de sua estrutura se rompendo, e saiu sangue de dentro dela. Eu não consegui acreditar na tranqüilidade que o Padre demonstrara diante de tal situação horrenda, ele apenas falava e caminhava estendendo sua mão para um dos possuídos, o qual ficava no chão desacordado. Finalmente eu compreendi que aquele não era um exorcismo comum, aquela briga acontecia no mundo deles – dos demônios – o Padre não estava mais nesse mundo comigo, ele foi para a dimensão das entidades. E confesso que esta descoberta não fez outra coisa do que me desesperar, eu agarrei a grade e rezei com toda minha força, mesmo presos eles conseguiam chegar a mim de uma forma ou de outra. De repente o homem sussurrou com a voz do meu pai.
-Você me decepcionou filho, nunca vou te perdoar por ter me decepcionado.
Aquilo foi um tapa no meu emocional, eu caí de joelhos e senti um peso nos ombros, como se alguém subisse em mim, senti uma respiração na nuca.
-Sai – gritei – você não tem poder sobre mim.
Joguei meu corpo para trás e o homem riu dentro da jaula.
-Você não é tão fraco como eu imaginei.
Ele sussurrou engasgando com o sangue e jogou seu corpo para frente abrindo a boca de uma forma impossível, saiu um animal de dentro dele que parecia um porco, sua cabeça estava aberta no meio e virou uma boca enorme, cheio de dentes, ele gritava como uma pessoa e andava sobre as patas traseiras. O animal passou no vão da grade e correu em minha direção, eu fechei os olhos e rezei com mais intensidade, naquele momento eu tinha certeza que aquela coisa me mataria. Quando voltei a abrir os olhos eu estava em outro lugar, era um campo de guerra, o Padre lutava contra um bicho enorme, parecia um dragão de duas cabeças que cuspia fogo, diante de mim aquele animal que parecia um porco estava muito maior e gritava sobre meu rosto, e nos lutamos. Fui jogado ao chão diversas vezes, ele pisava em mim e me esmagava, a dor era muito real. Enfim eu entendi que aquilo era um demônio e eu estava no mundo deles. Comecei a repetir as palavras do Padre, e finalmente consegui reagir, em poucos instantes eu estava esmurrando aquele animal, que rasgou como um pano velho saiu sangue, pedaços de corpos, comida estragada, e uma vela apagada. Eu fechei os olhos e quando voltei a abrir estava novamente no porão, o homem agora estava vomitando e chorando. O local não estava mais frio, não cheirava mal, e os rostos daquelas pessoas não estavam deformado. O padre abriu as grades e soltou àquelas pessoas, eu o ajudei sem questionar e os levamos para fora do hospital onde os médicos os aguardavam. Fiquei encostado no carro observando aquelas pessoas agindo normalmente e me questionei sobre tudo que vi naquele porão, Willian se aproximou.
- Você estava certo, foi meu primeiro exorcismo estranho.
Ele riu com meu comentário, e me entregou um envelope preto.
-Abra quando chegar ao hotel. – fez uma pausa – Bom trabalho.
Obedeci, quando cheguei ao hotel abri rapidamente o envelope, era uma carta enviada da igreja dizendo que eles sabiam dos exorcismos que já fiz, mesmo sem permissão, mas que meu nome foi muito citado em reuniões secretas - ta aí o motivo que fez o Padre Willian me chamar de famoso – por padres influentes que viram o resultado de meu trabalho, fui oficialmente convidado para participar de uma organização secreta destinada a Padres corajosos e fieis intitulada "Padres das sombras". Hoje sou exatamente aquele Padre que sempre sonhei, e me libertei do peso da culpa por não realizar o sonho do meu pai. Afinal, eu não salvo vidas na mesa de cirurgia, mas salvo almas guerreando contra demônios. Eu vou além do que meu pai esperava, pois eu ainda devolvo a vida de alguém, mesmo que ela esteja no meio do inferno.

Conto enviado por: Ashira Psycho


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sexta-feira, 5 de maio de 2017

Contos de Terror: O Padre das Sombras # Parte 2


Descemos do carro e seguimos por um caminho de pedra até a porta do hospital que estava entreaberta, um homem nos aguardava de braços cruzados no fim do corredor, sorriu aliviado e nos cumprimentou se identificando.
-Sou Eduard Mustaf, diretor desse hospital.
-Onde estão os pacientes? – Questionou Padre Willian girando o rosto lentamente.
-Este hospital foi desativado recentemente, a maioria dos pacientes foram para outros hospitais e manicômios, apenas alguns permanecem aqui, e se você quer saber, estão trancados no porão.
Eu fui o único que me espantei com a informação de Mustaf sobre seus pacientes do porão.
-Está preparado para seu primeiro exorcismo?
- Não é meu primeiro exorcismo.
Minha resposta não convenceu o Padre Willian, que apenas sorria ironicamente. Mustaf nos entregou casacos e pediu que nos o acompanhássemos, e assim fizemos. Seguimos por um corredor, atravessamos uma o porta de madeira entalhada a mão, descemos uma longa escada, caminhamos por um corredor escuro e tenebroso, passamos por outra porta – agora de ferro – que nos levou a outra escada, mais um corredor, enfim chegamos a uma porta de aço bem grossa, cheia de marcas de socos.
-impossível – sussurrei.
Eu fiquei tremulo, com os olhos arregalados, é humanamente impossível amassar aquela porta com um soco.
-Vocês se importam se eu retornar e vocês seguirem sozinhos?
Mustaf estava claramente assustado, e aquela não era uma pergunta, ele apenas estava nos avisando que dali ele não passaria. Padre Willian o agradeceu pela confiança, pediu que ele nos aguardasse do lado de fora do Hospital com médicos, Mustaf concordou e sumiu no corredor. Nós atravessamos a porta de aço e seguimos por um corredor bem largo e com pouca luz, as paredes tinham marcas de mão, espirro de sangue, cruzes desenhadas ao contrario, palavras em latim.
De repente o Padre parou e apontou para uma frase na parede que me estremeceu. Senti um frio subir pela espinha, meus cabelos se arrepiaram, minhas pernas amoleceram e por pouco não fui ao chão. "Willian e Dylan, estão preparados para o inferno?", quem escreveu e como sabiam que nos viríamos? Padre me arrastou até o final do corredor, onde a temperatura caiu drasticamente, deixando claro o motivo do casaco. Encontramos mais uma porta que dessa vez nos levou a um porão pouco iluminado, mal cheiroso, cheio de celas, parecia uma cadeia. Haviam três pessoas, uma em cada cela, elas estavam ajoelhadas, acorrentadas com as mãos para trás, com o corpo inclinado para baixo e o rosto encostado no chão, tinham poças de sangue que saia do rosto de cada uma dessas pessoas e escorria pelo chão e se encontravam no meio da sala, o sangue fez um circulo em volta de um desenho feito com areia, parecia um "x"e algumas palavras ao redor. Caminhamo-nos e ficamos diante do desenho e isso pareceu incomodar aquelas pessoas – dois homens e uma mulher- eles levantaram o rosto e aquela visão me aterrorizou, eles estavam com os rostos cheios de cortes, com os olhos brancos, bocas rasgadas, dentes pretos e quebrados, suas línguas batiam no chão e as pontas estavam cortadas ao meio, saiam insetos de seus narizes e ouvidos, e cada vez que eles cuspiam no chão, saia pedaços de dedos e olhos misturados na saliva. Eu nunca tinha visto algo assim, eu dei um passo para trás e a mulher subiu na parede e ficou de cabeça para baixo, com os braços esticados presos a corrente, ela ria e passava aquela língua enorme no seu próprio rosto e depois jogava a língua contra mim, eu me esquivei e senti pingos de saliva se chocar contra meu rosto, parecia acido.

Continua...

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terça-feira, 2 de maio de 2017

Contos de Terror: O Padre das Sombras # Parte 1


Estou me aperfeiçoando para me tornar um Padre exorcista, um sonho que busco há muitos anos. Quando estava com 19 anos fui de encontro aos desejos de meu Pai que sonhara em ter um filho médico, ele me deserdou por desgosto, deixei a universidade, abandonei um relacionamento, abri mão da vida rebelde que levava. Troquei a beca de formatura por uma batina, consultórios e salas de cirurgia pelo exorcismo. A meu ver, salvo vidas da mesma forma, mas do lado que ninguém quer ver. Ainda sou um Padre auxiliar, apesar de já ter executado alguns poucos exorcismo, não tenho a devida permissão da igreja para exercer tal ato sozinho. Certa vez em uma conversa aleatória com um Padre visitante - vindo da Itália - descobri sobre a existência de uma suposta lenda os "Padres das sombras", que de acordo com ele, já rondava as igrejas do mundo todo. A lenda afirma que existem padres formados não apenas na fé, mas também na magia – desconhecida - que enfrentavam exorcismos que nenhum outro Padre teria o poder de vencer. Não me senti satisfeito, pesquisei arduamente sobre o assunto, porém foi totalmente em vão, não existem relatos, confirmações, artigos, nada. Vencido pelo cansaço deixei essa lenda de lado. Alguns meses depois fui requisitado para um exorcismo complicado no Haiti, ao desembarcar no aeroporto fui recebido por um Padre, um tanto, diferente. 
 Ele aparentava ter uns 30 anos, vestia calça jeans de cor escura, uma camisa branca com o ultimo botão aberto, um paletó cumprido até o joelho, luvas de couro, botas pretas e um olhar sereno. Sorriu com o canto da boca e estendeu sua mão, eu o cumprimentei e antes que eu pudesse me apresentar, ele me deu as costas e se afastou. O caminho até o hotel foi silencioso, ele não me questionou nada, também não falou nada sobre si – algo difícil entre os padres exorcistas, eles sempre têm uma historia para contar – me senti incomodado, mas me mantive em silencio. No hotel nos despedimos e fui para meu quarto, pedi uma comida leve, pois o calor estava terrível. A noite demorou a passar, e quando em fim peguei no sono fui brutalmente acordado pelo som agudo do telefone, ainda sonolento me joguei para fora da cama e me arrastei até a mesa que estava encostada próxima a janela.
-Alô?
- Por favor, me encontre na portaria em 30 minutos.
Ele desligou o telefone, mas eu reconheci a voz tranquila do Padre que ontem me buscara no aeroporto. O relógio marcara 06:30, e eu estava com esse tal Padre e mais dois homens em um carro grande e preto, com vidros filmados.
- Perdoe minha falta de educação – disse o Padre que me buscou no aeroporto- Meu nome é Willian, e você deve ser o famoso Padre Dylan.
Não sei dizer o que mais me assustou, o fato de ele se referir a mim como "famoso" ou como "Padre", levando em consideração que Padres com a experiência dele não consideram "auxiliares" como Padres.
- Sim – fiz uma pausa para calcular os prós e contras de questioná-lo. – Mas, por qual motivo sou famoso?
Ele não respondeu, apenas sorriu e lançou seu olhar para fora do carro, eu inclinei a cabeça e fiquei brincando com uma cruz de madeira que sempre levara no bolso, seria minha falta de preparação psicológica o motivo de seu silencio?

O carro parou e diante de nós um hospital muito grande e velho surgiu, portões largos e enferrujados, muros pichados e descascados, matos altos, aparentemente abandonado.


Leia a parte #2 clicando aqui.


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