Além da Imaginação Real

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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Contos do Além: O fantasma que veio assombrar o Natal!


O frio já se fazia sentir, a cabana estava já apinhada de toros de madeira grossa, lá fora já caia a primeira neve, lenta, branca, fofa e aprumada, as crianças já estavam em altos alaridos, vestindo casacos e querendo brincar na neve.
Era a primeira vez que iam passar o Natal na montanha, férias e fins de semana, já tinham passado, mas ficarem isolados por dois meses na montanha era a primeira vez. A babá também veio conosco, foi muito trabalhoso, compras, encher arcas, transportar gasóleo para o gerador, bem melhor nem falar. 
Meu marido tirou férias, quis também ficar mais uns tempos com os filhos, eu apenas tinha que escrever um livro sobre a minha infância, tinha apenas dois meses nada mais. Apertado, mas com toda aquela ajuda também não seria impossível, eram três meninas, de idades diferentes, muito barulhentas.
Mais dois dias e já tido estaria coberto de neve sem poder ter mais contacto com a civilização, apenas os telefones e o radio, logo ficaria sem net e claro que seria mais difícil entreter as crianças por ali.
O meu livro já estava no meio, escrevia sem parar, o meu marido fazia as refeições e a babá era de grande ajuda por ali, sempre estavam ligadas as crianças, quase que nunca me incomodavam. Estava eu distraída olhando pela janela os vendo, brincando e rindo, atirando bolas de neve uns outros, algo chamou atenção no final do jardim, via uma sombra gigante se movendo, parecendo querer estar escondida de todos ali, apenas observando.
Senti calafrios, algo estava errado ali, levantei-me e sai para chamá-los para dentro, claro que fizeram caras feias e ficaram mal humorados comigo. Meu marido puxou o casaco e exclamou:
- É sempre a mesma coisa, além de estar sempre ocupada e nunca ter tempo para nós,corta o barato da brincadeira com as nossas crianças.
Abanei a cabeça, sem falar no que tinha visto e que estava muito preocupada com tudo isso. Passei a ficar mais atenta nos dias seguintes, mas nada vi de estranho, meu coração foi sossegando aos poucos, afinal eu devia ter visto mal.
Dezembro já estava correndo rápido, as meninas andavam numa alegria descomunal, estavam preparando os enfeites do Natal, era dentro e fora da casa, que alegria era agradável de ver. Desliguei-me e contagiada fui ajudar estivemos o dia todo oculpados, mas no final valeu a pena,quando ligamos as luzes, tudo estava lindo, parecia um quadro natalício, lindo demais.


Aquele dia foi mesmo muito especial,trouxe memórias lindas lembranças do passado,dos natais passados. Já estavam todos dormindo, quando de repente são acordados pelo grande estrondo na sala, todos se levantam e descem as escadas e são surpreendidos com algazarra que seus olhos, vêem tudo destruído, tudo não sobrou nada ali.
Estranho, a porta estava trancada. A babá corre levando as crianças para o quarto, perguntas e mais perguntas sem respostas. Sem saber o que pensar eu e o meu marido sentamos no sofá em frente da lareira que estava quase apagado, de repente ele reacende como por artes mágicas.
Olhando meio atônicos sem saber o que pensar, nós vemos uma figura sinistra na chama da lareira, horrenda e rindo, articulando gestos e muito zangado. Nisto as bolas disparavam do chão da sala como por artes mágicas no ar, tentando nos acertar, escutamos uma voz distorcida, falando:
- Vão embora daqui, vão antes que seja tarde demais...
Levantamos e corremos para as escadas, tremendo de medo, estávamos assustados por demais, sem saber o que fazer naquela hora. Como poderíamos cuidar da nossa família se não tínhamos ninguém, estávamos isolados, ali, sem telefone, mas quem sabe se amanha o radio voltar a funcionar, pensando em mais uma noite naquele lugar.
O vento estava forte, batia sem parar nos vidros, as sombras sinistras das arvores pareciam ameaçar, juntamente com o fantasma que estava ali, habitando conosco, sem conseguir dormir, sentada na cama, minha mente estava fervilhando em idéias para ir embora dali o mais rápido possível. 
O dia amanhecia ainda mais cinzento que a noite, uma grande tempestade estava vindo para a montanha, sinal de grandes complicações, sem sinal de radio e nem como sair dali. Levantamos cedo e descemos para arrumar a sala para que as crianças sentissem menos medo, fui preparar o pequeno almoço para as crianças, fiz tudo o que elas gostavam tudo mesmo.
Tentamos não passar as nossas preocupações, a tempestade veio com tudo, um forte nevado cobriu a montanha como nunca antes visto, queríamos abrir a porta, não conseguíamos, a neve impedia, pelo grande volume.
Meu marido conseguiu sair pela janela e limpar algumas partes para que pudéssemos buscar lenha e ligar o gerador e claro buscar mantimentos na cabana do lado, as meninas estavam alegres já nem se lembravam da noite anterior, mas por estarem presas na casa era complicado, descobriram o sótão, subiram e tinha tantas coisas antigas ali guardadas. 
Todas elas brincaram por ali, Joana a mais velha descobriu um baú que não era fácil de abrir, foi buscar uma alavanca e forçou a fechadura e conseguiu.
Tinha um monte de fotos, um lindo álbum bem conservado ainda, vestes de um homem, de muita elegância, óculos, canetas de tinta, tinteiros, anotações e outras coisas mais, tudo era estranho parecia que estavam descobrindo uma nova vida, remexendo mais no fundo encontram uma foto muito bem embrulhada com um laço rosa já descolorido. Era a foto de um casal muito elegante, atrás da foto, estava uma dedicatória de amor do senhor para sua esposa, seu nome era Benedito Ventura, mais no fundo estava uma fila de livros muito bem alinhados e conservados, pegaram neles e viram que ele era o autor dos livros.
Correndo pela escada Joana gritava:
- Mamãe, olha o que eu encontrei aqui, ele também escrevia como você, olha para esta linda foto deles aqui.
Olho com alguma curiosidade e qual é o meu espanto que é a foto dos meus bisa avós,existia apenas uma na casa de meu tio, a única, pois todas foram destruídas pelo incêndio, mas como esta foto veio parar aqui? Pensava eu. Meus olhos encheram-se de lágrimas, pedi que me levassem ao sótão onde estava tudo guardado, remexi em tudo e descobri que eram do meu bisa avô, mas como se ele morreu no incêndio? Era tudo muito estranho ali. Peguei tudo e trouxe comigo, mais alguns livros, li coisas intimas do amor exagerado dele com a minha bisa avó, mas o que iria me chocar mais ainda é que ele é que incendiou a casa por ciúmes e ela morreu queimada. 
Se for assim, ele conseguiu fugir, mas quem era o corpo dentro da casa e lendo as anotações descobri que ele leva um sem abrigo e o embebeda, deixando-o lá dentro morrendo com a,bisa avó se fazendo passar por ele.
Seu passado remexeu com a sua mente, memórias tristes assolaram minha cabeça, meus pais já tinham partido, minha mãe iria ficar tão feliz por ver aquele álbum, de repente a Joana dá um grito:
- Mamãe olha esta foto parece mesmo você, igualzinha.
Olhei a foto e era minha cara, apenas a preto e branco, mas era a minha cara. Meu marido se assustou com a semelhança da foto e franziu sua sobrancelha, acho que li o pensamento.
Se eu era a cara dela o fantasma só podia ser o bisa avô, se ele queria tanto mal e era tão mau o que ele iria fazer?
Afinal o segredo foi desvendado ali, o bisa avô nunca foi uma boa pessoa, mas sim muito mau tão mau ao ponto de matar como nas suas tramas policiais. Eu estava estarrecida com este segredo, por demais, mesmo, sem saber o que pensar e fazer. As meninas enchiam-nos de perguntas e voltar ao passado estava sendo penoso demais, era uma maldade sem limites forjar a sua própria morte e se manter escondido anos e anos a fio.
Não tinha cabeça para escrever, fui deitar um pouco, adormeci por segundos e vi todo aquele horror, a casa queimando, ela pedindo socorro e ele de fora rindo, rindo diabolicamente. Acordo assustada, não era um sonho, mas um pesadelo real, ele estava ali de frente a cama. Olhando-me, com olhar maligno, de vingança e escuto suas palavras:
- Maldita,veio para me assombrar, maldita seja você que veio me tirar o sossego aqui, eu te matei e você voltou de novo.
Por momentos eu queria fugir, o quarto estava gelado, sombrio, silencioso, queria dizer que não era ela, mas a minha voz não saia, ele me olhava com maldade, quase podia ver o que ele estava pensando na sua vingança.
Ele grita e tudo sai dos lugares, minha cama gira em volta do quarto, escuto tentarem abrir a minha porta sem conseguirem, ele grita:
- Vai arder aqui hoje comigo, vou pegar fogo a tudo isto aqui, ninguém vai descobrir o meu segredo, maldita seja você que vai comigo para o fogo do inferno.
Eu estava suspensa no ar a cama girava a volta do quarto, o medo gelava as minhas veias, sabia que ia morrer, apenas pensava nas minhas filhas e num ato de desespero, consigo gritar:
- Saiam da casa rápido, saiam, levem as meninas daqui,ele vai matar a todos nós,saiam, vão embora.
Algo já estava queimando, o tapete já estavam ardendo, as cortinas também, todos corriam para o andar de baixo, as chamas eram intensas, queriam abrir as portas e não conseguiam alguém atira com uma cadeira e parte os vidros da frente da porta, saem todos por ali.
Já todos fora, as crianças chorando, chamando por mim, eu ainda lutava apesar das chamas, ele estava olhando, rindo, divertindo-se, a cama já tinha parado de rodar, eu já estava mais segura do meu corpo, olhei para o lado,havia uma bíblia na cabeceira da cama, estiquei as mãos e alcancei-a, ele tentou evitar mas não conseguiu.
Ficou um silencio mortal, apenas escutava o crepitar do fogo, o fumo já me deixava tonta, ele ainda ria chegando para perto de mim.
Olhei para a janela, estava tão perto, rezei a Deus e pedi que eu voltasse a ver as meninas de novo, agarrada a bíblia, rompo a janela e atiro-me para o jardim. Sinto vidros entrando em mim, meu corpo caiu, senti uma dor latejante no joelho, todo o meu corpo doía, tentei levantar para onde escutava gritos e vozes.
Arrastando-me pela neve sentia que a dor era menor que a minha vontade de viver e voltar a ver as minhas filhas, a casa ardia toda em chamas, vejo a minha família, eles ainda nem me viram, escuto as meninas chorando por mim. Gritei:
- Estou aqui, ajudem-me!
Felizes, meu marido, a babá e as minhas filhas correm ao meu alcance, nem eu mesmo sabia como tinha ido parar ali, não sabia mesmo, sabia como tinha conseguido, mas aquela bíblia me salvou, pois nunca tinha tido fé na minha vida e ela me salvou. Agora já podia escrever a minha verdadeira história.


Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek!

Que Todos vocês que acompanham o Blog e o Canal, tenham sempre boas lembranças e um feliz natal e um ótimo ano novo. Sempre haverá um recomeço. Obrigada por nos acompanharem!


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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Roteiro de viagens do Além! #18

Todos os dias e anos em cada canto do mundo, o turismo de horror vem aumentando. Agências oferecem passeios em locais onde aconteceram homicídios, prisões oferecendo pacotes em que o hospede é tratado como um presidiário e visitas em casas mal assombradas. 
Porque as pessoas querem tanto visitar lugares que muitas vezes são marcados pelo sofrimento?
Os motivos são vários, desde aprender com os erros do passado como também apenas pela simples curiosidade, estudiosos querendo investigar esses fenômenos paranormais e etc.
Seja qual for seu interesse, tenha uma boa viagem


Monte Vesúvio
Pompéia Itália 

Durante a tarde de 24 de agosto do ano de 79, as primeiras vítimas morreram sufocadas quando as cinzas vulcânicas que invadiram a atmosfera eram aspiradas e queimavam as vias respiratórias e os pulmões.
A noite, a chuva de rochas fez os edifícios desabarem.
Famílias inteiras, incluindo os animais de estimação, morreram abraçadas dentro dos quartos.
Não havia maneira de fugir, porque um tsunami inutilizou a principal rota de fuga, o porto.
Pompéia levou a fama porque os corpos ficaram preservados, mas a erupção do Vesúvio atingiu toda a baía de Nápoles, em especial as vilas de Herculano, Oplontis e Estábia.
Boa parte das cidades nem chegou a ser atingida pelas lavas. Foi coberta por cinzas e rochas.
Soterrada Pompéia nunca mais se reergueu. Só no século 18 é que a arqueologia começou a encontrar os famosos corpos, que retrataram as expressões físicas do terror dos moradores da cidade.
O curioso é que os cadáveres não existem mais. O que aconteceu é que as cinzas aquecidas formaram um molde negativo, que os pesquisadores preencheram com gesso.
O Vesúvio continua ativo, em 1944, por exemplo no meio do caos da 2° guerra mundial, matou 28 pessoas e arrastou 80 aeronaves dos Estados Unidos.
Todos os anos, mais de 2 milhões de pessoas visitam a região.
Encontram o retrato de uma cidade rica, próxima da capital do mundo em sua época, arrasada ao longo de poucas horas.





Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek!



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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Lenda Urbana de Terror #7: A Bruxa de Ferro!


Diz a lenda que no final da década de 50, em uma pequena vila, havia um pequeno hospital, onde cuidava de crianças que tinham problemas nos ossos. Junto a essas crianças havia uma enfermeira muito estranha que cuidava delas.
Essa enfermeira se apegou muito a uma das crianças que já não estava muito bem, ela encontrava-se ligada a alguns aparelhos que a sustentavam o peso de suas pernas e braços.
Um dia a enfermeira não aguentando mais ver o sofrimento daquela criança, decidiu colocar um fim em sua vida. E assim o fez desligando os aparelhos, e em seguida como forma de manter a criança sempre por perto, colocou os extensores ao qual a criança usava, em seu próprio corpo nos braços e pernas.
Passado alguns dias não aguentando a crueldade que havida feito a enfermeira se suicidou se jogando dentro de um poço que havia nos fundos desse pequeno hospital.
Algum tempo depois esse pequeno hospital foi encerrado e em seu lugar, foi construído um orfanato,que desde a sua inauguração já havia relatos de estranhos acontecimentos, como sussurros, barulho de ferro se arrastando pelo chão, entre outras lendas.
Mas os adultos ali do local não pareciam dar tanta importância para essas histórias.
Sempre diziam que era apenas barulhos normais, por causa da ala do antigo hospital ali encerrado.
Após algum tempo o orfanato estava para ser fechado, restando apenas umas poucas crianças para serem transferidas, a partir dai começaram a acontecer coisas estranhas com muita frequência.
Toda noite aquelas crianças ouviam barulhos metálicos e viam o vulto de uma mulher horrível caminhar pelo corredor da ala onde estavam.
Uma certa noite uma das crianças quebrou a perna e gritava de uma forma desesperada dizendo que a bruxa de ferro que havia feito aquilo com ela.
Mas como sempre os adultos do local não acreditaram, imaginando que a criança deveria ter caído da escada e estava imaginando coisas e não se falaram mais no assunto.
Então em uma noite uma menina entrou gritando no quarto, acordando todas as crianças que ali estavam, logo todas elas saíram correndo pelos corredores do orfanato, algumas ficaram cara a cara com aquela mulher horrível, onde as crianças diziam ver o vulto dela caminhando a noite pelos corredores, quando uma delas viu a mulher de perto, disse que seu rosto era todo deformado seu corpo todo cheio de ferragens, a mulher apontou seu dedo imundo para a criança dizendo que sugaria sua alma e depois a mataria, todas elas.
Logo aquelas crianças apavoradas com o que haviam visto, saíram correndo e gritando pelo corredor, quando encontraram o zelador, que não acreditou em nada daquilo que as crianças contaram. Foi até o corredor, quando ele chegou no local não acreditou naquilo que viu, aquele vulto deformado estava ali olhando para ele.
Logo ele rapidamente voltou para seu posto e saiu para fora do orfanato com as crianças, quando se deu conta que estava faltando uma delas, aquela menina que entrou no quarto gritando.
Mas sem coragem de voltar para pega-la resolveram passar a noite fora do prédio, na manha seguinte, foram procurar pela garotinha que havia sumido. 
E para desespero de todos, ela foi encontrada morta com o seu corpo todo retorcido ainda agarrada em seu ursinho de pelúcia.
O zelador com remorso por não ter voltado ao local, desapareceu e até hoje ninguém sabe do paradeiro dele.
Diz a lenda que desse dia em diante o fantasma dessa bruxa, segue assombrando os orfanatos e quebrando os ossos das crianças para tentar colocar as ferragens em seus corpos.

Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek!


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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Contos do Além: A Noiva de Gardel!


Marta era uma moça muito bonita, de olhos azuis, pele branca e cabelos negros.
Era uma grande fã do famoso cantor de tango argentino Carlos Gardel, um artista muito famoso daquela época.
Marta tinha todos os seus discos, que ouvia no gramofone, também colecionava suas fotos que saiam nas revistas.
Em 1935 Carlos Gardel veio a falecer de forma trágica, em um acidente de avião, durante uma de suas turnês.
Ao saber da notícia Marta ficou doente de tristeza, chegando a ter febres altíssimas.
Por muitos dias os médicos temeram por sua vida. Após um tanto recuperada da crise, recusava-se a comer e apenas chorava sem nada a dizer.
Seus pais a ignoravam sem saber a causa do sofrimento de Marta, então para distraí-la, seus pais fizeram-na passar um tempo na casa de parentes no Rio de Janeiro, de onde ela voltou um pouco melhor, mas não era mais a mesma pessoa.
Havia se tornado uma moça, recolhida, pensativa e sempre triste, só usava vestimentas de cor preta.
Então seus pais acharam que a cura de todos os males seria o casamento. Afinal Marta já estava com seus 23 anos. Porém quando tentaram faze-la ficar noiva de um rapaz de boa família, ela se recusou terminantemente, afirmando que preferia entrar em um convento a se casar.
Assim se passaram mais alguns anos, sem grandes alterações no estado de Marta. Ela continuava a usar suas vestimentas pretas e só saia de casa quando era para ir a missa em uma igreja próxima de casa.
Certa noite no ano de 1942, Marta teve um sonho. 
Estava ela sentada na sala de sua casa, e de repente sentiu uma presença na janela. quando foi olhar, viu o cantor Carlos Gardel do outro lado do vidro, com seu chapéu tipico, sorrindo para ela.
Marta estava tão eufórica de tanta felicidade que sentia, que de alguma forma ela conseguiu atravessar a parede, e foi quando ela finalmente se viu diante de seu grande amor.
Então Gardel se aproximou dela e a perguntou se ela queria ser a noiva dele.
Marta sem pensar respondeu que sim, era o que ela mais queria.
No dia seguinte quando acordou estava com a alma inundada de uma felicidade indescritível.
A partir desse sonho, ela passou por uma mudança admirável. Deixou os vestidos pretos de lado, agora usava cores mais claras e alegres, pintava os lábios de carmim. Todos a sua volta achavam estranho essa mudança repentina, mas não diziam nada.
Marta agora usava uma aliança na mão direita, falava que era para afastar possíveis pretendentes.
Mas que na verdade havia se tornado a noiva do finado Carlos Gardel, e além de tudo ele a visitava a noite, onde ambos faziam amor.
No ano de 1950 Marta viajou para Buenos Aires para ir ao cemitério de La Chacarita, onde seria selada a união perpetua dos dois.
Marta entrou no cemitério como uma noiva, a cabeça coberta por uma mantilha e um buque de rosas vermelhas em suas mãos. Então diante do tumulo de Gardel, ela passou a aliança para a mão esquerda, jurando-lhe eterna fidelidade e amor. Largou o boque sobre o tumulo e depois disso Marta voltou para sua casa onde viveu lá até a sua morte, cerca de 30 anos depois.
Antes de dar seu ultimo suspiro.Marta confessou que sua morte era o dia mais feliz da vida dela. Foi enterrada com a aliança, que já havia encravado na carne, não sendo possível retirar.
O mais intrigante dessa história é que Marta dizia que ela e seu marido fantasma tinham uma vida sexual ativa, como a de qualquer casal feliz. 

Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek!



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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Roteiro de viagens do Além! #17

Todos os dias e anos em cada canto do mundo, o turismo de horror vem aumentando. Agências oferecem passeios em locais onde aconteceram homicídios, prisões oferecendo pacotes em que o hospede é tratado como um presidiário e visitas em casas mal assombradas. 
Porque as pessoas querem tanto visitar lugares que muitas vezes são marcados pelo sofrimento?
Os motivos são vários, desde aprender com os erros do passado como também apenas pela simples curiosidade, estudiosos querendo investigar esses fenômenos paranormais e etc.
Seja qual for seu interesse, tenha uma boa viagem


Six Flags New Orleans
Nova Orleans EUA

Foi no dia 21 de agosto que o parque deixou de existir. Oa funcionários que desligaram os aparelhos e trancaram os portões não tinham como imaginar, mas o ponto turístico que vinha operando apenas aos fins de semana, não abriria no sábado seguinte.
Com a passagem do furacão Katrina prevista para a sexta-feira, dia 25, os proprietários optaram por não colocar a vida dos clientes em risco.
As atrações foram arrasadas de tal maneira que, uma década depois, ainda é financeiramente inviável restaura-las.
O lugar foi tomado por cobras, aranhas, ratos...e crocodilos! A entrada é proibida, mas grupos de adolescentes vivem invadindo o local para acampar no meio do lodo.
Antes de fazer parte da franquia Six Flags, o parque se chamava Jazzland.
Rebatizado em 2003, tinha 20 atrações, incluindo passeios temáticos com os personagens da DC Comics e as figuras dos desenhos Bob Esponja e Looney Tunes.
Seria ampliado para ganhar uma área de atrações aquáticas, quando ironicamente, o Katrina revirou as instalações e encheu tudo de água. 
O lugar ficou submerso por duas semanas, até que o nível de alagamentos baixou dos 2,10m. A tempestade só havia deixado uma única atração em pé, a montanha-russa do Batman.
A prefeitura anunciou diversas vezes a intenção de recuperar o local. Nunca conseguiram tirar os planos do papel.
Os restos do parque parecem cenário de filme de zumbi. Os riscos de ser atacado por animais selvagens se somam ás lendas a respeito das energias espirituais negativas que, dizem os locais, estariam ocupando a região antes mesmo da passagem devastadora do furacão Katrina.







Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek!


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sexta-feira, 18 de novembro de 2016


Fatos do Além: Almas Atormentadas do Edifício Joelma!


Um certo terreno no centro de São Paulo era usado para punir escravos nos séculos 18 e 19. Já em meados do século 20, no mesmo lugar, um professor matou sua família e escondeu os corpos no quintal.
O mesmo local se tornou o Edifício Joelma, que no ano de 1974 pegou fogo, fazendo o Brasil parar para assistir ao vivo, pela televisão, cenas de pessoas nos parapeitos, tentando salvar os colegas de trabalho, ou simplesmente se jogando para fugir das chamas.
Não é por acaso, portanto que o endereço seja considerado assombrado.
Os funcionários que trabalhavam na construção do edifício, entre 1969 e 1972, já ouvia-se choro de mulheres.
Resultado  talvez do Crime do Poço, fato acontecido no ano de 1948. Onde um professor de química da universidade de São Paulo chamado Paulo Ferreira de Camargo, matou sua mãe e suas duas irmãs e as jogou em um poço cavado dias antes no quintal.
Enquanto a polícia investigava o terreno, o acadêmico de 26 anos foi ao banheiro e tirou a vida com um tiro no coração.
A casa ficou vazia até ser comprada pela construtora Joelma e então demolida. Concluída sua construção no ano de 1972, o Edifício Joelma queimou na manha doa dia 1° de fevereiro do ano de 1974, culpa de um curto-circuito que encontrou um sistema de fiação sobrecarregado, além de carpetes, divisórias de madeira e cortinas de tecido, ideais para espalhar as chamas.
As pessoas que trabalhavam no local se atropelaram escada abaixo, até que o calor tornou impossível descer ao térreo.
Depois se esconderam em banheiros ou nos parapeitos das janelas, sentaram e esperaram pelo socorro, que para muitos ali não chegou.


As escadas dos bombeiros não alcançavam todos os andares, não havia heliporto para resgatar as vítimas pelo teto, como havia acontecido dois anos antes durante o incêndio do Andraus, outro edifício do centro de São Paulo.
O saldo de corpos do Joelma foi assombroso: 191 mortes. Em reação a prefeitura mudou as regras de segurança de edifícios, com resultados tão duradouros quanto as lendas em torno do prédio, que ganhou novo nome.
Desde a reforma finalizada no ano de 1978, o Edifício Praça da Bandeira acumula casos de assombrações.


Gente que trabalha no edifício já foi abordada por vultos de mulheres passando nos corredores de escritórios ou nos pisos de estacionamento.
Numa das vezes, um prestador de serviços foi abordado por uma mulher de branco que flutuava a alta velocidade.
Duas pessoas que morreram no incêndio contactaram o médium Chico Xavier, que psicografou cartas, juntou a relatos de outros jovens falecidos em outras ocasiões, e lançou o livro Somos Seis.
O texto inspirou um filme chamado Joelma 23° Andar, cuja a produção ficou marcada por sons misteriosos, luzes que acendiam sozinhas e até mesmo fotos que parecem registrar os fantasmas das vítimas.
A lenda do Joelma chegou ao cemitério São Pedro na Vila Alpina, zona leste de São Paulo. Ali fica a Capela das 13 almas, construída ao lado das covas ocupadas por pessoas que morreram juntas, no mesmo local, no mesmo horário: o elevador do Joelma, que ficou paralisado entre um andar e outro até que todos acabassem sufocados e carbonizados.
Reza a lenda que as almas penadas ajudam a curar as manchas na pele.
Os turistas costumam visitar as covas com regadores para amenizar as dores das queimaduras. E a capela está sempre cheia de cartazes de agradecimento por graças 
alcançadas.

Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek! 

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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Contos do Além: A Garota que Amava o Escuro!


Ela aos olhos dos outros era uma garota um tanto comum, mais quem a realmente conhecia sabia que ela definitivamente não era normal. Samanta era uma garota de 16 anos, de pele tão branca quando a neve, cabelos ondulados e negros tal como a noite escura, onde muitos se perdem em desespero e seus olhos eram totalmente sombrios e sem vida.
Desde pequena adorava ficar no escuro, onde se sentia segura, na pré-escola sempre gritava e esperneava quando tinha que ficar no parquinho brincando á luz do sol com as outras crianças, preferindo sempre ficar no canto mais escuro e escondida longe de tudo e de todos. Quando fez 13 anos, ela parou de sair de casa, e quando saia era sempre a noite ou em dias muito nublados, sempre coberta por mantos negros e grossos.
Seu maior divertimento era ficar trancada em seu quarto, que mais se parecia com uma caverna sombria, fria e úmida, apenas iluminada por uma vela cuja chama era fraca para dar a menor iluminação possível. Dentro do seu "mundo" ela não temia nada, de tanto conviver nas sombras seus olhos já haviam se acostumado, tanto que só pude vê-la chorar uma vez, quando na foto de família, que ela foi obrigada a aparecer, o flash da maquina fotográfica a atordoou e uma singela lagrima fria e ausente de sentimentos escorreu pela sua face pálida.
Seus pais não sabiam mais o que fazer com ela, então decidiram iluminar seu quarto, e para isso armaram um terrível plano. No inicio da noite sua mãe a levou para sair, dar uma caminhada. Enquanto isso, seu pai colocou uma janela de vidro grande bem na direção de onde o sol nascia, colocou também varias luminárias e para garantir que ela não volta-se ao escuro eles esconderam todas as cortinas.
Após voltado, logo pela manha ao acordar,Samanta encontrou seu quarto, que antes era um comodo escuro e úmido, tinha se tornado um lugar quente, alegre e iluminado. Desesperadamente procurou pela casa algum modo de fazer seu amado quarto voltar a ser o que era antes, olhou em volta e então pela maldita janela avistou no quintal um cobertor negro e grosso, que estava estendido no varal, o suficiente para cobrir a entrada da luz. Apanhou uma tesoura para cortá-lo e correu para o quintal, mais ao sair para fora de casa e pegar o cobertor, um raio de luz do sol iluminou sua face fazendo a ficar um pouco atordoada,seus olhos queimavam pela irritação que a luz lhe causava. Seu desejo de sair daquela luz e voltar o mais rápido possível para a escuridão de seu quarto, era tão forte que ela correu e se enroscou na coberta que estava estendida no varal, então ela escorregou e caiu, ferindo seu pescoço com a tesoura, rapidamente ela começou a perder muito sangue,  passou a respirar com muita dificuldade e sua vista escurecia cada vez mais, ela sabia que sua hora havia chegado enquanto ouvia os gritos de desespero de sua mãe. Mais ela não sentia mais medo algum... ela estava até feliz, pois agora poderia passar a eternidade onde mais ela amava. Na imensa escuridão vazia.

Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek!


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quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Contos do Além #3: O Velho Da Rua 48!


Nesse exato instante, entra no bar um senhor baixinho e magro, vestido todo de preto e mancando de uma perna. No meio do caminho ele esbarra com quem estava indo na direção contrária, o cara do balcão. Nesse momento, e absurdamente sem cerimônias, o velho começa a falar: – “Você, um cara alto, de cabelo liso caindo nos olhos, porte atlético e rostinho de príncipe da Disney. Tem problemas com a mulher, a filha é rebelde e nunca conseguiu realizar o sonho de ser um escritor de sucesso.” Nesse momento, o homem olha para o velho tentando a todo custo focar a visão, porém, sem muito sucesso. O senhor continua: – “Desconta a frustração da vida no vício da bebida.” O homem se arma para dar um soco, mas repentinamente percebe uma aura sombria no velho, até eu percebi isso, acompanhada de um leve sufocamento. Sem reação, o velho se antecipa e fala: – “E ainda faz o uso de comportamento agressivo para compensar o péssimo desempenho sexual.” Todos no bar caem na gargalhada, quando ele se vira e começa a falar com um dos amigos da sinuca: – “Onde o senhor viu graça, seu metido a playboy? Com essas roupas de marca, cabelinho penteado para o lado, com amiguinhos igualmente esnobes. Esses cigarros que você acende um atrás do outro não vão impedi-lo de perpetuar o câncer que persegue sua desonrada família.” Nesse instante o cara, enfurecido e com olhos flamejantes, pega o taco e parte pra cima do velho, mas na mesma hora um dos seus amigos o impede. – “Não faça isso cara, ele é só um velho ranzinza.” Falou um deles. Foi então que o velho se dirigiu para o balcão. Ficou lá sem pedir nada por um tempo, apenas sentado pensativo, quando uma jovem, de repente, se aproxima. Na mesma hora ele fala: – “Nem venha dar sermão. Não tenho a menor paciência pra ouvir merda de gente como você.” – “Como eu? O que você quis dizer com isso seu velho caquético?” – “Oh, ela é respondona, não surpreende ser tão fracassada. Só de olhar esse rosto de perua, roupas e jóias de grife, que com certeza ganhou da família ou do último otário que a aceitou como esposa.” – “Você só sabe falar dos outros. Se acha mesmo superior, né?” – “Muitos daqui eu falo o que as aparências me contam, mas eu… superior, nunca. Todavia, o que será que aquele estudante que você mandou pra cadeia dando falso testemunho deve estar pensando da senhora nesse instante, hein?” Nesse momento ela cambaleou pra trás, parecia tonta e desnorteada… foi ai que ela bateu violentamente com o copo no balcão e saiu irritada chamando-o de louco. Não demorou e o velho desceu do banquinho, seguindo em direção à saída do bar. Entre um passo cansado e outro, um barulho vindo do banheiro o distrai, fazendo-o desviar do caminho e esbarrar num casal. Eles se desculpam, no mesmo instante em que o velho os chamam de estéreis. – “O quê? O que o senhor falou?” – “Dois imbecis, nunca foram capazes de cuidar um do outro, ainda bem que não podem colocar um filho no mundo.” Essa última frase ele falou virando na direção dos dois. – “Tão bonitos, e tão cheios de pecados. Terno e gravata de grife, óculos e relógio caríssimos, sapato social brilhando, só não mais do que a cara de pau. “ – “Seu velho filho da puta, como ousa…” O velho o interrompeu antes que ele termine a frase e falou olhando para a mulher: – “Vestido de coleção italiana, colares e brincos de dar inveja. Inveja que só não é maior do que a que sente da grama do vizinho.” – “Quem o senhor pensa que é?” – “Falei alguma mentira? Pensar que a impossibilidade de ter filhos foi uma providência divina, é ser muito ameno, para dizer o mínimo.” Após irritar pelo menos metade dos clientes daquele barzinho de beira de estrada, ele finalmente vai embora. 10 minutos se passam, entre discussões, quebras de copos e garrafas nas paredes e cantos de mesa, além de perguntas aos quatro cantos sobre quem era aquele senhorzinho irritante. Muitos estavam incrivelmente chateados com as coisas que ouviram. Chateados como ficam crianças mimadas ao receberem um não. Alguns diziam nunca o terem visto na vida. Outros questionavam se o velho, sequer, tenha visto alguma vez na vida. Seus olhos estavam cobertos por uma névoa. É inegável o clima tenebroso deixado pelo velho naquele bar, uma presença sombria e desconhecida. Depois de um tempo sem Patrícia falar mais nada, Paulo comenta: – “Caramba, ele era cego? Que tosco… é serio isso?” – “Sim, mas como ele sabia a descrição de todo mundo no bar? Tem coisa errada aí. Não é possível.
Cara, ainda bem que Pedro não ficou pra ouvi essa história, até eu fiquei com medo desse velho, desse bar, da rua 48… enfim.
Deu por hoje, vamos jogar alguma coisa.” Falou Phael. – “Pois é, mas eu ainda não terminei a história.” Comentou Patrícia. “Pelo que ele me contou, o dono do bar conhece esse velho das antigas. Tanto que dez minutos após a saída desse senhor, o dono volta para o balcão, e o bar está um completo alvoroço. Sem saber bem o que havia acontecido durante sua saída para o banheiro, a única alternativa foi perguntar o que aconteceu. Sem hesitar, um dos clientes fala que um velho baixinho, magro, vestido de preto, mancando de uma perna e, pelo que todos dizem, cego, disse coisas sem sentido para os clientes… na mesma hora o dono interrompe: – “Como assim gente? Vocês estão loucos? É o velho da rua 48, ontem mesmo eu fui na missa de sétimo dia dele… adorava aquele senhor, o cara era uma figura.”

Fim.
Relato Enviado Por: Rafael Pedrosa 


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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Cemitério Maldito


Highgate
Londres, Inglaterra

Um vampiro de mais de 2 metros de altura, olhos vermelhos hipnóticos, chapéu de uma capa negra persegue visitantes noturnos desde o fim dos anos de 1960. 
Ele ataca pessoas e animais e depois desaparece no ar.
E ele é apenas o mais famoso dos moradores do cemitério mais conhecido da Inglaterra, inaugurado em 1839, ocupado pelas famílias de nobres até a década de 1960 e abandonado desde então.
Símbolos satânicos foram pintados sobre tumbas esculturais, agora cobertas por mato.
Os relatos assustadores se multiplicam. Uma velhinha  fantasmagórica corre em busca dos filhos que ela assassinou, enquanto uma freira passeia flutuando a 1,5 m do chão.






Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek!


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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Roteiro de viagens do Além! #16

Todos os dias e anos em cada canto do mundo, o turismo de horror vem aumentando. Agências oferecem passeios em locais onde aconteceram homicídios, prisões oferecendo pacotes em que o hospede é tratado como um presidiário e visitas em casas mal assombradas. 
Porque as pessoas querem tanto visitar lugares que muitas vezes são marcados pelo sofrimento?
Os motivos são vários, desde aprender com os erros do passado como também apenas pela simples curiosidade, estudiosos querendo investigar esses fenômenos paranormais e etc.
Seja qual for seu interesse, tenha uma boa viagem


Pântano de Manchac
Estados Unidos

Fantasmas, zumbis e vampiros se encontram nesse lugar úmido e escuro. Quem se atreve a andar pelo pântano volta dizendo que enxergou vultos luminosos, pessoas com a pele esverdeada e fome de carne humana e seres com caninos afiados que se alimentam de sangue.
A figura mais vista é o rougarou, um humano que nas noites de lua cheia, se transforma em lobo, como se vê, ele é a versão norte-americana para a lenda do lobisomen.



Outro ser mitológico facilmente avistável é o wendigo, um animal gigante e peludo conhecido dos indígenas da região.
Mas a figura mais temida do lugar é Julia Brown, apelidada de Princesa Vodu, ela teria enviado um tornado para arrasar a região (como de fato aconteceu, em 1915). Ao retornar da tumba, Julia viveria perto de uma árvore especialmente larga e antiga.
Bastaria encontrar com ela para sentir dores terríveis em todo o corpo.
A canção que ela entoou, prevendo a tragédia natural, ecoa entre as folhagens.
Para piorar a situação o pântano da Louisiana abriga também um cemitério construído no século 19.
Por tudo isso, há quem sinta pavor de atravessar até mesmo a ponte de 37 Km de extensão que passa sobre o lugar.
Para quem não tem medo do sobrenatural, existe outro motivo para tomar cuidado com o lugar. Manchac é enfestado de crocodilos.



Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek!



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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Contos do Além #2: O Velho Da Rua 48!


No bar, o clima até que estava agradável, com as pessoas de sempre lamentando os problemas de sempre. Eu vou explicar tudo com o máximo de detalhes possível, para que você entenda que não se trata de uma história fantasiosa. Tudo o que aqui aconteceu foi exatamente do jeito que vou relatar. 
Eu aqui estou contando o meu ponto de vista de um 
acontecimento que, honestamente, me deixou inquieto. Ponto de vista esse que partiu de uma mesa no canto esquerdo do corredor que dava para a entrada do banheiro do boteco. Um lugar escuro, mas que, coincidentemente, dava pra ver tudo o que acontecia no local. Quase todos por lá interagiam. Claro, uns mais e outros menos. Eu estava sozinho na minha mesa, e perto de mim, um casal, que por tão sem noção que era quase foi expulso do local por atentado ao pudor. 
Em situações como essas eu até que tento, sem muito sucesso, ignorar comportamentos primitivos, mas não dá. Pelo amor de Deus, porque eles não arrumam logo um quarto? Seria menos constrangedor para eles e pra mim. No balcão, que fica do lado esquerdo de onde estou, uns três metros a frente, estava uma mulher. Dizer que ela estava insinuante era o mínimo. De vestido vermelho e salto alto preto, parecia estar pronta para a caça. Assim de costas, só dava pra ver que era um mulherão de uns 30 anos. Mas aí se ela era uma femme fatale ou uma prostituta eu não tenho certeza, noto apenas que ela perscruta suas redondezas de forma quase promíscua em busca de uma noite, digamos, mais produtiva.
Não muito longe dela, também no balcão, estava um homem alto e bem vestido. Sua dificuldade em olhar fixamente para as coisas ao seu redor me fazem deduzir que aquela dose de whisky já deveria ser a décima da noite. Todo rabo de saia que passava por ele recebia cantada. Era só uma questão de tempo pra ele ficar ainda mais embriagado e pegar o primeiro dragão que passar. Perto da sinuca, outro casal achando que isso aqui é um Motel. Entre tacadas desengonçadas e baforadas de um cigarro, no mínimo suspeito, estavam 5 amigos. O mais alto deles era o da vez, tentando encaçapar uma bola que, de onde estou, diria que é a vermelha, número 3. Mas isso não vem ao caso. Todos parecem ter saído de alguma faculdade, vejo cadernos e mochilas espalhadas no canto da parede. 
Na mesa ao lado da sinuca dava pra ver uma mulher aparentemente depressiva. Ela deveria ter lá seus 40 anos, eu acho. Seu semblante não era dos melhores, cabelos levemente despenteados e maquiagem tão borrada que mais parecia ter ficado inconformada com o segundo lugar num concurso de drag queens. A coitada compartilhava com o vazio da cadeira ao lado mais um copo de uma mistura de vodka com frutas vermelhas. Passando o olhar investigativo pelo resto do bar eu vi um homem elegante. Já falei que meu sonho sempre foi ser detetive? Ok, vou tentar manter o foco na história, o homem estava visivelmente estressado. Levava consigo uma pasta de couro preta e tiras marrons na lateral. Um funcionário de escritório contábil buscando afogar suas frustrações num boteco qualquer. Vejo também os garçons, que não param um instante, ficam pra lá e pra cá numa dança sincronizada. Um deles estava levando um prato com batatinhas e o que parecia ser um filé à parmegiana. Ao chegar numa mesa onde estavam 3 mulheres, ele para e entrega, além do prato, um bilhete e uma bebida, apontando em seguida para o cara do balcão. Claro, aquele pseudo-Don Juan ainda estava achando que ia faturar uma gata, mesmo bêbado daquele jeito. As garotas eram bonitas, uma loira, e duas morenas. Conversavam como se estivessem no quarto de uma delas, super à vontade. O tipo de grupo de amigas que não sai necessariamente para se dar bem, estavam apenas curtindo a amizade. Prova maior disso foi o que aconteceu com o bilhete, jogado no lixo no mesmo instante que foi recebido. Como não tinha muita coisa pra fazer naquele dia, decidi ficar mais um pouco. Pedi outra rodada de petisco e mais uma cerveja. 

Continua...

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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Relatos do Além #14 : Vizinho Lobo!


Essa é uma história que aconteceu com meus avós quando ainda eram vivos e no tempo em que minha mãe era criança e morava na roça.
Meu avô havia acabado de chegar do campo onde ele trabalhava e era lá pra 00:00 ou 01:00 da manhã, e minha vó estava tirando água do poço. Quando ela fechou a tampa do poço ela ouviu uma respiração e um grunhido ao lado dela e quando ela se virou viu um cachorro enorme de olhos amarelos que estavam arregalados, nisso o cão foi andando pelos cotovelos em direção ao quintal de outro fazendeiro vizinho, passou a cerca de bambu e foi no chiqueiro comer lavagem dos porcos, minha vó notou que ele estava de camiseta de manga comprida e então ouviu o fazendeiro xingar o lobo que com medo foi em direção a casa de outro vizinho dela e nessa hora ela o identificou.
Mais tarde quando era quase 03:00 da manhã ela ouviu ele trocando a camiseta, mas não deu bola até ouvir ele batendo nos cachorros então acordou o meu avô e falou a ele que os cachorros estavam chorando e disse que achava estranho, mas de repente ouviu a porta sendo derrubada e o lobo entrando, então meu avô pegou a foice e correu rápido aonde ele estava e então o mandou embora.
No dia seguinte minha vó perguntou para a mulher dele se sabia que seu marido era um lobisomem e ela disse que não e que não havia ouvido nada de noite porque estava muito cansada.

Relato enviado por: Laura Castilho.


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