Além da Imaginação Real

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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Relatos do Além #1 : Uma Noite Estranha!

Era janeiro e os meus filhos estavam de férias. A minha esposa também havia tirado férias do trabalho, então acabou levando as crianças para a praia. Eu fiquei sozinho em casa, mas iria encontrar eles no final de semana, na praia.
Era uma terça-feira já era noite e eu já estava em casa, relaxando depois de um dia de trabalho. Estava no sofá da sala, comendo um sanduíche com refrigerante, vendo seriados de comédia na TV a cabo. Lá fora estava um desses bruta temporais de verão, que inunda a cidade inteira. De tempo em tempo um raio caia perto de casa, soltando aquele trovão ensurdecedor. 



Então um raio caiu perto de casa, soltando um trovão ensurdecedor quase que no mesmo instante, e me deixando na mais completa escuridão. Ótimo, era tudo o que eu precisava. Sozinho em casa, as 20:30 sem ninguém para conversar e sem TV para assistir. Eu simplesmente continuei comendo o meu sanduíche. Tinha decidido ir procurar as velas depois do meu "jantar''.
Um pouco antes de acabar de comer a chuva parou, tão inesperadamente como quando havia começado. Só que eu podia ver alguns raios caindo um pouco longe, momentaneamente iluminando a casa sempre que rasgavam o céu. A casa mergulhou num silêncio absoluto. Depois de ter comido o meu sanduíche a preguiça bateu e eu decidi não ir procurar as velas naquele instante, decidi deitar no sofá e tirar um cochilo até a luz voltar.
E lá eu dormi por um bom tempo. Quando acordei no meio da noite senti um vento batendo em mim. Eu estranhei, pois todas as janelas estavam fechadas. Eu olhei para o meu relógio de pulso e já marcavam 1:48 am. Eu estava com as costas completamente doidas. E decidi que era melhor ir dormir na cama, mas antes iria verificar de onde estava vindo o vento, talvez o temporal tivesse aberto ou quebrado alguma janela.
Eu acabei encontrando a janela da cozinha aberta, achei estranho, pois é uma janela difícil de abrir e eu me lembrava de ter fechado ela quando começou chover. Mas como é uma dessas janelas basculante de cozinha, que não dá para ninguém passar, eu não me preocupei com aquilo e resolvi ir para a cama.


Só que quando voltei para a sala, eu ouvi um barulho vindo do andar de cima, onde ficavam os quartos.Parecia ser de  alguma coisa pequena caindo no chão. Eu pensei que provavelmente devia ter mais alguma janela aberta, e que o vento tinha derrubado algo, mas logo após eu ouvi algo que me gelou a alma, passos de criança correndo. Eu fiquei quieto tentando ouvir mais alguma coisa, mas não ouvi mais nada. Os passos haviam parado. Eu tentei me acalmar dizendo a mim mesmo que talvez fosse um gato, que tinha entrado pela janela da cozinha ou alguma outra janela lá de cima que estivesse aberta ainda. Depois de um tempo sem ouvir nada continuei andando na direção da escada, mas antes de chegar lá, ouvi aqueles passos de novamente. Dessa vez eu sabia que não era gato,pois gatos são sorrateiros.
Eu fui até o interruptor da parede, para ver se a luz tinha voltado, mas nada. Sem energia ainda, fiquei parado, mas não ouvia nenhum som novamente. Eu fui até a escada e comecei a subir ela bem devagar. Eu coloquei a minha cabeça na altura do piso do segundo andar e comecei a procurar o que quer que fosse que estava fazendo aquele barulho. Não vi nada, eu estava subindo bem devagar para o segundo andar, prestando bastante atenção, olhando cada canto escuro para ver se via algo, quando do andar de baixo veio um grito perturbador nunca havia ouvido aquele grito. Parecia um trem freando, era agudo e estridente e muito alto. Quando eu ouvi aquilo o meu coração quase pulou pela minha boca. Eu sai correndo para o meu quarto. Quando eu sai da escada e fiz a curva na direção do meu quarto eu ouvi os passos de criança lá dentro. Na hora eu virei para o outro lado e entrei no banheiro das crianças e me tranquei lá dentro.
Uma coisa bem covarde de se fazer, mas eu não queria saber nem um pouco o que eram aqueles passos e o que ou quem havia dado aquele grito no andar de baixo. Eu ainda estava pensando no que fazer, quando ouvi a porta do armário que tem em baixo da pia abrindo violentamente, como se alguém tivesse chutado ela por dentro. Eu abri a porta do banheiro, fechei ela atrás de mim e fiquei sem saber para onde correr. Eu podia ouvir o barulho lá dentro do banheiro, de alguma coisa pulando na pia. Eu estava completamente apavorado.



Então resolvi descer correndo as escadas e ir para o meu carro para sair de casa e só voltar com a luz do dia, mas quando eu pisei no primeiro degrau da escada eu vi uma coisa parada lá em baixo, no pé dela. Como havia muita pouca luz vindo do lado de fora, não dava para ver direito o que era, mas de repente a energia voltou mas uns três segundos depois ela acabou de novo. Nesses três segundos deu para ver um pouco o que era aquilo, ou o que parecia ser. Era um homenzinho muito magro, com uma pele avermelhada e vestia uma roupa cinza, mas bem esfarrapada, tinha o cabelo bem preto e completamente embaraçado. Não parecia ter mais que uns 50 cm de altura.
Quando a luz voltou e apagou, o meu olho desacostumou com o escuro e eu já não consegui ver mais nada agora. Eu não sabia se aquele homenzinho ainda estava lá embaixo ou se ele tinha fugido para o outro lado, ou pior, se ele estava subindo a escada. Eu simplesmente me virei e corri no escuro para o quarto dos meus filhos e me tranquei lá dentro, prestando atenção para ver se eu ouvia algum som vindo de dentro do quarto, mas nada aconteceu. O que quer que fosse que houvesse lá fora, não tinha nenhum sinal dele naquele quarto.
Eu fiquei lá dentro até amanhecer, ouvindo aquele homenzinho correndo lá fora, mexendo nas coisas. Quando o sol começou a aparecer, a casa ficou em silêncio. Eu esperei ficar um pouco mais claro antes de sair do quarto que eu estava. Quando eu sai eu comecei a fazer uma ronda na casa, procurando por qualquer sinal de que ele estivesse lá. Mas nada aconteceu.
Então fui até a cozinha e vi que a janela estava aberta novamente. Acho que foi por ali que ele entrou e depois saiu. Mais tarde quando eu voltei do trabalho, eu o procurei pela casa inteira e não encontrei nada. Antes de ir dormir eu fui ter certeza de que a todas as janelas da casa estavam bem fechadas.
Eu nunca mais vi aquele homenzinho, e espero nunca mais ver de novo.

Será que foram os raios que trouxeram aquele homenzinho misterioso?

Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek


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