LOBISOMEM - ORIGEM E CURIOSIDADES!
Essa postagem vem mais a explanar a figura do lobisomem desde a sua origem, partindo de lendas e histórias populares, diferenciando e distanciando (ainda bem) do que o cinema vem tristemente fazendo com essa temível criatura.É uma postagem repleta de curiosidades, mas bem interessante.
A lenda do lobisomem tem origem grega. Segundo "As Metamorfoses de Ovídio", Licaão, o rei da Arcádia, serviu a carne de Árcade a Zeus e este, como castigo, transformou-o em lobo.(Um dos personagens mais famosos da obra foi o pugilista Arcádio Da marco Parrá sio, herói olímpico, que assumiu a forma de lobo nove anos após um sacrifício a Zeus Liceu, lenda atestada pelo geógrafo Pausânias)
Do continente europeu, espalhou-se por várias regiões do mundo, sendo hoje quase totalmente uma lenda mundial, com exceção de alguns poucos países no globo.
A lenda chegou ao Brasil através dos portugueses a partir do século XVI.
De acordo com uma variante da lenda, um homem foi mordido por um lobo em noite de lua cheia. Desde então, passou a transforma-se em lobisomem todas as noites em que a Lua apresenta-se nesta fase.
Outra variante diz que o sétimo filho homem de uma sucessão de filhos do mesmo sexo, pode transforma-se em lobisomem. Ou também que se uma mãe tiver seis filhas mulheres e o sétimo for homem, este se transformará em lobisomem .
Se um filho não for batizado poderá se transformar em lobisomem na fase adulta, principalmente se for muito pálido, magro e tiver as orelhas um pouco pontudas.
Caso o lobisomem morda outra pessoa, a vítima passará pelo mesmo feitiço.
A transformação (muito dolorosa) ocorre em noite de Lua cheia em uma encruzilhada. O monstro passa a atacar animais e pessoas para se alimentar de sangue.
Volta a forma humana somente com o raiar do Sol.
De acordo com a lenda, um lobisomem só morre se for atingido por uma bala ou outro objeto feito de prata.
Quando nasce lobisomem, a criança é pálida, magra e possui as orelhas um pouco compridas. As formas aparecem a partir dos 13 anos de idade. Na primeira noite de uma terça ou sexta-feira após seu 13º aniversário, o jovem sai à noite e se transforma pela primeira vez em lobisomem.
Ou também, dizem que após a primeira transformação, em todas as noites de terça ou sexta-feira, o homem se transforma em lobisomem e passa a visitar 7 partes da região, 7 pátios de igreja, 7 vilas e 7 encruzilhadas. Por onde ele passa, açoita os cachorros e desliga todas as luzes que vê, além de uivar de forma aterrorizante.
Segundo o folclore, para findar a situação de lobisomem é necessário que alguém bata bem forte em sua cabeça. (Quero ver quem tem coragem) ou basta que alguém faça nele um pequeno ferimento do qual saia pelo menos uma gota de sangue. Ou ainda, o acerte com uma bala untada com cera de vela que queimou em 3 missas de domingo ou Missa-do-Galo, na meia noite do Natal.
Algumas versões da história dizem que os monstros têm preferência por bebês não batizados, fazendo com que, nas vilas onde ataca, as famílias batizem suas crianças o mais rápido possível.
O Licantropo dos gregos é o mesmo que o Versipélio dos romanos, o Volkodlák dos eslavos, o Werewolf ou Dracopyre dos saxões, o Wahrwolf dos alemães, o Óboroten dos russos, o Hamtammr dos nórdicos, o Loup-garou dos franceses, o arbac-apuhc da Península Ibérica, o Lobisomem dos brasileiros e da América Central e do Sul, com suas modificações fáceis de Lubiszon, Lobisomem, Lubishome.
No interior de Rondônia, o lobisomem após se transformar, tem de atravessar correndo sete cemitérios até o amanhecer para voltar a ser humano, se não conseguir ficará em forma de besta até a morte.
Se você for mordido por um lobisomem, e não o encontrar a cura até a 12ª badalada desse mesmo dia, ficará lobisomem para toda a eternidade. (Pede para alguém bater bem forte na sua cabeça. O difícil é pedir estando em forma de lobisomem)
Nos seus estudos sobre mitologia popular, o escritor e etnógrafo português Alexandre Parafita reconhece que, embora a designação sugira tratar-se de um ser híbrido de homem e lobo, muitas das crenças sobre esta criatura identificam-na na figura de cavalo, burro ou bode.
O escritor Henri A. Junod conta, que um marido, desconfiado que a mulher era feiticeira, feriu-a com a azagaia, durante o sono. Mal o golpe atingiu a perna da adormecida, ouviu-se o uivo da hiena e foi este animal que se avistou, no lugar da esposa. No outro dia o marido deparou a mulher dormindo na floresta. Esta seria uma das origens da lenda.
Já o folclore chinês narra que no distrito Tcheng-Ping, um aldeão fora atacado por um lobo e subiu em uma árvore para fugir. O animal ainda abocanhou-lhe a calça e fugiu, mas antes foi alcançado por uma machadada na cabeça. Depois soube que um velho amigo seu estava ferido na cabeça num hospital numa cidade próxima.
Curiosidades!
É fácil você reconhecer uma pessoa que vira lobisomem, ele é pálido, magro, nunca olha nos olhos das pessoas, anda sempre de camisa de mangas compridas para esconder os calos dos cotovelos, pois na forma de lobisomem ele anda com os cotovelos no chão e raramente sai de casa durante o dia .
Se você encontrar um lobisomem, fale para ele (se der tempo, lógico) “vai buscar sal em minha casa”, no outro dia irá aparecer um homem à sua porta, ele não te dirá nenhuma palavra, você apenas lhe de um pouco de sal. Pronto!
Nunca mais você o irá encontrar em forma de besta. Contudo se você não der o sal, ele vem te buscar dentro de casa.
Tem também uma história (relatada e documentada) que achei muito interessante, seria uma outra teoria sobre o surgimento da fera; refiro-me à Besta de Gévaudan. Trata-se de um animal ainda desconhecido que matou mais de 100 pessoas na região Gévaudan (Daí o nome da besta) na França no século XVIII e só foi morto com um tiro de bala de prata.
Mas essa história fica para outra hora!
O Lobisomem é uma lenda de referência, clássica e assustadora. Pretendo não falar somente em uma postagem sobre essa criatura que tanto tem para dizer e assustar. Enfim, mais postagens surgirão futuramente.
O legal são as lendas antigas passadas de boca-a-boca, transmitida por nossos pais e avós, todos já ouvimos alguma e podemos contá-la, imortalizando assim a figura do grande lobo.
E você tem alguma pra contar?
Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek
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