Além da Imaginação Real

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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017


Contos do Além: A Casa de Gretta!


Essa história aconteceu quando eu tinha acabado de me casar (a uns 10 anos atrás). Uma emergência na família forçou o meu marido e eu a nos mudarmos de Santa Catarina para São Paulo. Mas por falta de tempo para procurar algum lugar para morar, acabamos indo morar com o meu cunhado, a mulher dele e os dois filhos deles. Eles tinham uma filha de 4 anos, a Aline e um recém nascido, o Lucas. Imediatamente eu e a Aline nos demos muito bem. Eu não gostaria de dizer que ela era ignorada, mas a maior parte da atenção da família era para o Lucas, e a Aline geralmente ficava de fora nos planos deles. Ela era muito solitária e triste quando eu conheci ela. Eu sempre via ela brincando sozinha e falando com uma amiga imaginária que ela chamava de Gretta. Quando eu comecei a passar mais tempo com ela, coisas estranhas começaram a acontecer pela casa. Mas essas coisas não aconteciam simplesmente a qualquer hora. Elas sempre aconteciam quando o meu marido e o irmão dele não estavam em casa. Era somente quando a Aline, sua mãe, o Lucas e eu estávamos na casa que as coisas aconteciam. Começou de uma maneira simples, apenas via coisas pelos cantos dos olhos. As vezes quando eu estava brincando com a Aline na sala, eu podia ver o vulto de alguma pessoa em pé, à minha esquerda. Mas sempre que eu virava, não tinha ninguém lá. E  sempre que eu estava com a Aline em casa, eu sentia como se tivesse alguém me observando. Eu comecei a ficar extremamente incomodada com isso, mas como parecia não incomodar a Aline, eu achava que estava exagerando e tentava ignorar o que quer que fosse. Assim que o meu marido chegava em casa, toda a sensação de estar sendo observada sumia, e a Aline parecia ficar incomodada com a presença dele. Ela ficava emburrada pela casa e não deixava ninguém, nem mesmo eu, chegar perto dela. Em uma noite, quando eu estava toda relaxada e quase dormindo, eu ouvi o que parecia ser o murmúrio de uma conversa, que parecia estar vindo do quarto da Aline, que ficava ao lado do nosso. Eu imaginei que ela pudesse estar falando enquanto dormia. Eu tentei ignorar a conversa, mas a minha curiosidade acabou me vencendo. Eu comecei a prestar atenção no que ela falava, mas era difícil ouvir da minha cama. Tudo o que eu podia ouvir era o som da voz dela, mas não conseguia identificar nenhuma palavra, já que ela falava tão baixinho. Então eu notei que a luz do quarto dela estava acesa. Eu olhei o relógio digital do lado da nossa cama, eram 23:49 , o que poderia uma garota de 4 anos de idade estar fazendo acordada a essa hora, eu pensei, então eu me levantei e fui ver. Como eu já imaginava, ela estava acordada, sentada na cama. Eu perguntei para a Aline o que ela ainda estava fazendo acordada. Ela sorriu e disse:

-“A Gretta gosta quando eu brinco com ela de noite, então ela me acorda!”. Aquilo, de alguma maneira, soou um pouco perturbador nos meus ouvidos. Então perguntei a ela:

- “Você estava falando com ela agora?”. Ela fez que sim com a cabeça e sorriu de novo. E logo eu falei:

- “Então fala para a Gretta que ela pode brincar com você amanhã, e que é para ela deixar você dormir agora.”  Enquanto eu saia do quarto dela, ela me fez parar no meio do caminho dizendo:

- “Eu não posso brincar com a Gretta amanhã, ela fica brava quando eu brinco com você. Ela não gosta de ser ignorada.”

- “Vai dormir Aline!” eu falei em um tom mais severo. Enquanto saia do quarto dela eu senti um arrepio subindo pela minha espinha, algo me dizendo que alguma coisa lá não estava certa. E isso foi apenas o começo de tudo.Na manhã seguinte eu decidi ter uma conversinha com a Jane (a mãe da Aline) sobre a Aline. Eu perguntei a ela se a Aline costumava muito inventar histórias sobre a Gretta, a amiga imaginária dela. A Jane me olhou confusa e falou que a Aline nunca tinha mencionado nada sobre Gretta ou amiga imaginária nenhuma para ela. E a conversa acabou parando por ali, antes mesmo de começar. Era difícil perguntar para a Aline sobre a Gretta. Sempre que eu fazia isso ela parecia ficar irritada e nunca me dava uma resposta coerente ou direta. Enquanto isso, a sensação de estar sendo vigiada continuava, e outras coisas começaram a acontecer. A TV nunca parecia ficar em um canal só quando a Aline estava assistindo. E enquanto eu ficava assustada e apreensiva com isso, ela parecia se divertir e só ficava rindo. Sempre que eu passava pelo quarto dela, eu tinha a impressão de que tinha alguém lá dentro, e sempre que eu entrava para dar uma olhada, nunca tinha ninguém. Em algumas ocasiões, eu cheguei a ouvir passos no quarto dela, quando eu sabia que nem ela nem ninguém estava lá. Um dos acontecimentos mais bizarros foi perto do aniversário dela. Eu tinha comprado um esmalte que brilha no escuro para a Aline, mas antes que eu pudesse dar a ela, ele desapareceu. Eu tinha acabado de deixar em cima da mesa da sala e tinha me virado por alguns segundos, quando eu olhei de volta, havia sumido em poucos segundos. Eu procurei pela sala inteira, e até pelo resto da casa, mas depois de um tempo eu desisti e resolvi que ia comprar outro para ela no dia seguinte. Uma coisa que é importante esclarecer é que eu não tinha contado para ninguém sobre o esmalte que eu tinha comprado para ela e quando eu cheguei com ele, não tinha mais ninguém na casa além de mim. Mais tarde já era quase meia noite eu estava deitada na minha cama e ouvi a Aline falando sozinha de novo. A luz do quarto dela estava acesa, mas assim que eu me levantei para ir para lá, a luz se apagou. Determinada a ver o que estava acontecendo eu fui até lá. Quando eu entrei no quarto dela os pelos do meu corpo se arrepiaram, eu sentia algo estranho, como se tivesse mais alguém lá dentro com a Aline. Ela estava deitada na cama fingindo que estava dormindo. Então eu perguntei

- “Aline eu ouvi você falando, o que você ainda está fazendo acordada?”.

 Ela continuou quieta fingindo que estava dormindo. Mas então eu falei mais firme: - -“Aline!” e ela respondeu:

- “A Gretta estava me mostrando o presente que ela arranjou pra mim.” Quando ela tirou as mãos debaixo das cobertas, eu vi que as unhas dela estavam brilhando. Eu acendi a luz e falei :

-“Onde você arranjou isso?” meio desnorteada tentando descobrir como ela tinha achado aquele esmalte depois que eu revirei a casa toda. Então ela falou:

- “A Gretta que me deu!”.

 Quando eu ouvi isso, eu não sei porque aquilo me irritou profundamente.

Então eu disse:

- “Eu já estou cansada de ouvir dessa Gretta. A Gretta não existe, agora me fale a verdade, onde você conseguiu esse esmalte?”

Antes que a Aline pudesse me dizer alguma coisa eu senti uma respiração na minha nuca. Era gelada e me fez ter arrepios pelo corpo inteiro. Eu fiquei paralisada de medo. A Aline agora estava quase chorando e disse:

- “Agora você deixou a Gretta brava!”. Tinha alguém atrás de mim, mas eu não queria me virar para olhar quem ou o que poderia ser. Então eu pude ouvir com muita clareza uma voz feminina sussurrar no meu ouvido “SAIA”. Eu não precisava ouvir uma segunda vez, sai correndo tão depressa do quarto da Aline que quase tropecei no meu próprio pé. Quando eu entrei no meu quarto, eu estava completamente confusa e sem saber o que fazer. Resolvi que o melhor era voltar para a cama e dormir. Na manhã seguinte eu falei para o meu marido tudo o que estava acontecendo com a Aline. Ele ouviu tudo, quieto, e não tentou arranjar qualquer explicação para nada. Só ficou quieto, depois de um tempo pensando ele falou que nós iríamos nos mudar em breve e que não era para eu me preocupar com nada. Eu me senti culpada deixando a Aline sozinha com a Gretta, então eu falei para o meu cunhado o que tinha acontecido. Assim que eu mencionei o nome “Gretta”, ele ficou com o rosto pálido, quase sem expressão. Ele falou que Gretta era a mulher do antigo dono da casa, mas que ela já tinha morrido a alguns anos, e que só ele sabia disso, nem a esposa dele sabia sobre isso. Então, como é que a Aline poderia saber sobre a mulher? Então eu disse a primeira coisa que me veio na cabeça:

- "Tome conta da sua filha porque se você não tomar, a Guetta vai tomar conta dela de uma forma que ninguém vai gostar."


Pesquisa e Adaptação por: Milena Zorek!



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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Relatos do Além #29: Avó Alice!


Olá me chamo Edina Matos Nunes Garcia, moro na cidade de São João do paraíso - RJ, o relato que vou contar aconteceu comigo quando eu tinha 10 anos, hoje estou com 46.
Na época eu morava junto com a minha prima, a casa onde moravamos, ficava ao lado da casa da sogra dela, nessa casa moravam a sogra da minha prima a mãe da sogra dela.
Que já era velhinha, ela já não andava mais, não falava, ela se chamava Alice eu me apeguei muito a ela a chamava de avó Alice eu ajudava dar banho, comida, até dormia no mesmo quarto que ela junto com outra neta dela.
Certo dia fui levar comida para ela, quando de repente levei um baita susto pois ela havia morrido, morreu dormindo, depois de toda aquela agitação, veio o velório e o enterro, foi tudo muito triste eu acompanhei tudo.
Passado 15 dias após a morte da avó Alice, eu estava a noite deitada na minha cama quando de repente tive uma sensação estranha e olhei para perto da porta, eu vi a avó Alice de pé ela estava me olhando fixamente, quando comecei a gritar:
- A avó tá aqui. Repetidas vezes, todos correram para o quarto mas ela já havia desaparecido. Depois desse ocorrido, todo o tempo em que fiquei morando naquela casa, eu  nunca mais entrei naquele quarto.
Aquilo foi real eu vi ela esteve lá me visitando naquela noite. Muitos não acreditam, mas eu sei que o que eu vivi foi mesmo algo além da imaginação.

Relato enviado por: Edina Matos Nunes Garcia!

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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Relatos do Além #28: A Mulher da Ponte.


Olá meu nome é Tadeu Ferreira, moro na cidade de Sobral no Ceará. O relato que vou contar aqui aconteceu a 10 anos atras com o Felipe um amigo meu.
Na época ele tinha 20 anos e trabalhava em uma fabrica de calçados no turno da noite, ele costumava sair do trabalho entre 23:00 e 00:00 da noite. Para chegar em casa, sempre tinha que passar por uma ponte de mais ou menos 1 km, que por sua vez tem fama de assombrada, devido a vários acidentes e mortes que já aconteceram ali.
Um dos acidentes mais falados é de uma mulher que foi largada no altar, então se suicidou jogando-se na frente do trem que passa por essa ponte. Eu sempre perguntava se ele não tinha medo de ver alguma coisa quando retornava do trabalho, ele sempre falava que não tinha medo que isso eram histórias que o povo conta, pois como ele morava próximo da ponte e nunca havia visto nada.
Certa vez quando voltava do trabalho ele parou no meio da ponte para colocar a corrente da bicicleta que havia caído.
De repente ele viu uma coisa da qual nunca mais esqueceu, ele viu uma mulher com um vestido branco e havia muitas manchas de sangue nele, ele conta que parte do rosto dela estava totalmente desfigurado, e o que mais amedrontou ele, era que ela não tinhas os pés e flutuava há alguns centímetros do chão. 
Ele ficou em estado de choque não tinha reação alguma, ele tentou correr mas seu corpo estava paralisado, foi ai que ele percebeu que ela estava vindo em sua direção. Nesse momento ele fechou os olhos e começou a rezar, logo que abriu os olhos novamente viu que ela ainda estava la, então ele se virou jogou a bicicleta e saiu correndo como nunca correu na vida.
Chegando em casa ele contou o acontecido para seus pais, de inicio eles não acreditaram mas ao ver o estado em que ele chegou, viram que ele não estava mentindo. A bicicleta ele deixou lá não teve coragem de voltar para pegar. 
Naquela noite ele não conseguiu dormir, quando o dia amanheceu meu amigo já estava mais calmo, foi até o seu trabalho e pediu demissão.
Hoje ele conta essa história para seus amigos alguns acreditam e outros não. Mas sem sombra de duvida o que ele vivenciou foi algo além da imaginação.

Relato enviado por: Tadeu Ferreira!

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terça-feira, 21 de novembro de 2017

Contos do Além: O Guardião!



Ricardo era um jovem cirurgião bem sucedido que resolveu aproveitar as férias para realizar um antigo sonho que tinha, viajar pelo país de moto com uma mochila nas costas.
Na estrada, certa tarde foi surpreendido por uma forte tempestade e teve que passar a noite num hotel em um pequeno povoado no interior de Goiás.
O dono do hotel era um velho decrépito que aparentava ter uns 90 anos de idade ou mais. Andava com uma bengala e vestia um avental por cima de um antigo terno marrom puído e cheirando a mofo.
Porém, apesar da idade muito avançada, era um senhorzinho lúcido e parecia muito bem disposto; talvez não fosse tão velho quanto aparentava. 
Além de Ricardo, havia mais dois hóspedes no hotel, eram dois homens de aparência bizarra. Um deles era alto e magro, de olhos fundos e olheiras roxas, era calvo até a metade da cabeça e daí para baixo tinha cabelos compridos e grisalhos. O outro homem era ruivo, baixote e atarracado, de bigode e cavanhaque. Os dois teriam entre 50 e 60 anos de idade, e assim como o velho dono do hotel, também vestiam ternos antigos do início do século XX.
O hotel era um velho sobrado com janelões de madeira, os móveis eram antigos mas bem conservados. Tudo no hotel era bem velho. A energia elétrica era precária, não havia televisão, apenas um rádio antigo. Naquela região não tinha sinal para celular ou internet, o único telefone disponível era um antigo telefone preto que mais parecia uma peça de museu. O lugar era isolado, muito distante da modernidade das grandes cidades. Estar ali era como viajar no tempo, voltar ao passado. Era um ótimo lugar para descanso, ideal para se passar uns dias longe da agitação e do estresse da vida moderna.


Naquele fim de tarde, depois de um relaxante banho de banheira, Ricardo descansou um pouco no seu quarto até a hora do jantar. A mobília dos quartos também era antiga mas confortável, apesar do cheiro de mofo. À hora do jantar, o rapaz se juntou aos outros dois hóspedes que já estavam sentados à mesa. Ao entrar na copa, Ricardo ouviu o homem alto e magro dizer ao outro:
- O tempo dele está acabando. 
Seriam por volta de sete da noite. Ricardo observou um antigo relógio de parede, parado nas doze horas. Pelo tempo que esse relógio devia ter, com certeza há muito tempo não funcionava mais.
- Boa noite. 
disse Ricardo, sentando-se à mesa com eles. 
- Boa noite, doutor.
Respondeu sorridente o homem ruivo e atarracado.
Ricardo estranhou ser chamado de "doutor", pois não se lembrava de ter dito que era médico.
- Como sabem a minha profissão? 
perguntou Ricardo.
Os dois homens trocaram um estranho sorriso. O homem ruivo respondeu:
- Não sabemos. Mas eu reconheço de longe uma pessoa instruída, e logo vi que você é um doutor. Me parece ser advogado ou engenheiro...estou certo?
- Quase amigo. Sou médico.
-É uma bela profissão. Apesar de moço, você parece ser um bom médico.
Disse o velho proprietário do hotel, que vinha da cozinha trazendo uma tigela de sopa.
- Eu faço o possível. Sou cirurgião e amo o que faço. Não há nada mais gratificante do que salvar vidas, e o melhor de tudo é encarar a morte e ganhar o jogo.
- Então gosta de desafios, doutor?
Perguntou o velho.
- Sim, gosto muito! Desde criança sempre gostei de desafios. Gosto de viver perigosamente, os perigos e riscos sempre me atraíram.
- E qual é o motivo que o trouxe a este fim de mundo? Será também algum desafio?  Perguntou o hóspede alto e magro.
- De certa forma, sim. Eu pretendo atravessar todo o país de moto. 
- Interessante. Considerou o velho dono do hotel, sentando-se à mesa com os hóspedes. 
- Sabe, rapaz, eu também já fui assim quando era jovem, eu também gostava de desafios e aventuras. Um dia vim parar aqui e acabei ficando de vez, quem diria...Mas isso já faz muito, muito tempo.


Lá fora chovia forte, neste momento a luz se apagou, e em seguida ouviu-se o rugido furioso de um trovão. O velho dono do hotel acendeu algumas velas e deu prosseguimento à conversa:
- Aqui o tempo passa devagar. Nunca acontece nada de novo. É raro aparecer algum forasteiro como o doutor neste fim de mundo.
-  Eu gostaria de saber como o povo daqui consegue viver sem internet, celular e tv. O que vocês fazem à noite? Perguntou Ricardo.
O ancião respondeu:
- O povo daqui costuma se recolher cedo. A esta hora todos no povoado já se recolheram. Depois das seis da tarde, quando começa a escurecer, não se encontra uma alma viva nas ruas. A noite pertence aos mortos, doutor.
Ricardo riu, achando graça:
- Sério? Não me diga que vocês têm medo de fantasmas!
- Então o doutor não tem medo do sobrenatural? Perguntou-lhe o hóspede alto e magro. 
- Claro que não. Eu não acredito nessas coisas, fantasmas não existem.
- Se eu fosse o doutor, não teria tanta certeza. Disse o hóspede ruivo e gordo.
- Cuidado doutor. Não se deve desafiar o sobrenatural. Com os mortos não se brinca. Advertiu-lhe o hóspede alto e magro.
Ricardo ria, divertindo-se.
- Que nada! Eu não tenho medo nem dos vivos, vou lá ter medo dos mortos? Mortos não voltam.
Com o semblante muito sério, o ancião replicou:
- Aí é que o doutor se engana. Os mortos vagam pelas sombras da noite e não gostam de serem desafiados.
Ricardo continuava rindo:
- Vocês só podem estar de brincadeira. 
-  O doutor seria capaz de desafiar os mortos? Perguntou-lhe o proprietário do hotel.
- Eu sou capaz de desafiar até o capeta! Respondeu Ricardo, em tom de brincadeira.
- Então, já que o doutor não tem medo do sobrenatural, nós temos um desafio para lhe propôr. Disse o hóspede alto e magro.
O velho dono do hotel continuou:
- O doutor teria coragem de ir sozinho ao cemitério do povoado, à meia-noite, arrancar a cruz de um túmulo e nos trazer como prova?
Sem pensar duas vezes, Ricardo respondeu muito seguro de si:
-  Aceito o desafio, a meia-noite eu estarei lá. Como eu disse, não acredito em histórias de fantasmas e vou provar aos senhores que fantasmas não existem.
Assim ficou combinado.


Quando faltavam poucos minutos para a meia-noite, Ricardo se dirigiu ao cemitério do povoado, enquanto o velho e os dois outros hóspedes ficaram esperando por ele no hotel.
A chuva havia parado, mas ainda continuavam sem energia elétrica em toda a região. Porém a escuridão da noite não intimidou Ricardo.
Ao passar pelas ruas desertas e escuras do povoado, Ricardo sentiu um frio cortante, mesmo estando agasalhado com uma jaqueta de couro o rapaz sentiu um estranho arrepio.
Encostou a moto em frente ao cemitério e entrou, forçando um pouco o portão enferrujado, que não ofereceu resistência.
Com uma lanterna na mão, foi iluminando os túmulos à procura de uma cruz mais fácil de ser arrancada. Até que encontrou uma pequena cruz já parcialmente ruída pelo tempo e conseguiu arrancá-la com facilidade. Quando terminou de fazer isso, sentiu um vento gelado e ouviu uma voz grave e cavernosa, que lhe deu arrepios:
- O amigo perdeu alguma coisa aqui?
Assustado, Ricardo se virou e com a luz da lanterna, viu um homem alto de aparência sinistra, com uma capa preta e um chapéu na cabeça.
Tinha uma barba comprida e acima dela, uma cicatriz no rosto em forma de meia lua.
- Quem é você? Ricardo Perguntou, já começando a ficar com medo.
- Eu sou o coveiro. Respondeu o homem.
Neste exato momento, no túmulo de onde havia arrancado a cruz, Ricardo viu surgir um antigo relógio de parede marcando meia-noite em ponto.
Reconheceu o mesmo relógio que tinha visto parado na sala de jantar do hotel. E assim que o relógio começou a tocar as doze badaladas da meia-noite, o coveiro deu uma gargalhada assustadora, agarrou a mão do rapaz e apertou-a fortemente. Aterrorizado, Ricardo não conseguia dizer uma palavra nem esboçar nenhuma reação. Queria sair correndo dali, mas não conseguia se mover, petrificado de pavor. Quando o relógio tocou a última das doze badaladas, finalmente o coveiro soltou sua mão, e então já não era mais o coveiro e sim um esqueleto humano, cujos ossos se desmancharam no chão.


No hotel, o velho e os dois hóspedes esperavam por Ricardo. Quando ele voltou, trazia a cruz como prova e estava pálido de terror, mal conseguia falar.
Então o velho atirou as mãos para cima:
- Estou livre! Finalmente livre! 
Neste momento, a luz voltou e Ricardo viu com horror que a pele das suas mãos estava se deformando, se enrugando. Apavorado, tirou a jaqueta e viu que a pele dos seus braços também sofria a mesma transformação. Passou as mãos pelo rosto e sentiu toda a sua pele enrugada. Olhou-se então no espelho da sala e viu-se transformado em um ancião.
Toda a sua pele se tornou enrugada, seus cabelos embranqueceram. Havia envelhecido uns 60 anos em poucos minutos. 
Ricardo tinha agora a aparência de um ancião centenário. Havia se transformado no velho dono do hotel. 
- O que está acontecendo comigo?? Perguntou ele desesperado.
O dono do hotel então explicou:
- Há exatamente cem anos, eu também estava de passagem por aqui, me hospedei neste hotel, e aceitei o desafio de ir buscar uma cruz no cemitério à meia-noite. Desafiei os mortos e paguei caro por isso. Esta foi a maldição que caiu sobre mim: durante cem anos eu fui o guardião do mundo dos mortos. Agora estou livre, você me libertou.
- Não, não, isso não pode estar acontecendo comigo! Dizia Ricardo, desesperado.
O antigo dono do hotel continuou:
- A partir de agora, você será o novo guardião dos mortos por cem anos. Terá que permanecer aqui até que outro tome o seu lugar. Você só ficará livre da maldição, quando outra pessoa aceitar o mesmo desafio à meia-noite no cemitério, daqui a cem anos, quando o portal do mundo dos mortos se abrirá novamente. O portal só se abre a cada cem anos, à meia-noite.
Dizendo isso, o antigo guardião tirou o avental e passou-o ao seu sucessor.
- Adeus, e boa sorte.
Desesperado, Ricardo debruçou-se sobre a mesa e só lhe restou chorar e se lamentar.
- Não chore. Disse o hóspede ruivo. 
- Ao menos você não ficará sozinho. Eu e meu companheiro Astolfo te faremos companhia. Nós dois moramos aqui há séculos.


Desde então, Ricardo que um dia já foi um cirurgião promissor e agora é o Guardião dos Mortos. Lá está ele na companhia de dois espíritos, arrependido da sua audácia e lamentando o seu infortúnio, enquanto espera ano após ano, o tempo que passa devagar, até chegar o dia de se libertar dessa terrível maldição.

Nunca desafie o sobrenatural, você poderá se arrepender!

Pesquisa e Adaptação por: Milena Zorek!


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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Contos do Além: A Mudança!


Julia e Rodrigo se mudaram para um apartamento novo. Estavam juntos há sete anos e eram muito felizes. Apesar de não terem muito dinheiro a oportunidade de compra apareceu inesperadamente e a proposta foi irrecusável, os antigos donos que se mudaram para outra casa e venderam o apartamento pela metade do valor real do imóvel, disseram que o pagamento poderia ser feito em seis meses.

Depois de dois dias morando lá, Rodrigo saiu para trabalhar e Julia ficou em casa, pois era seu dia de folga. Segundos depois que ele saiu, Julia escutou um movimento na sala pensando ser seu marido. Para sua surpresa a sala estava vazia e ela sentiu um medo de ficar ali . Então ela foi para o seu quarto, e se deitou na cama, quando de repente escutou um sussurro.

“Fecha a porta do quarto, rápido” – disse a voz.

Nesse momento ela escutou uma voz grossa no corredor que dava para seu quarto.

“Estamos sozinhos, eu posso fazer de você o que quiser.” – disse a voz, seguido de uma risada macabra.

Julia rapidamente  fechou a porta do quarto, mas antes quando olhou no corredor não viu ninguém e começou a chorar notando que estava sendo assombrada por espíritos malignos. Trancada no quarto, sem telefone e sem ajuda, ficou ali por horas e horas até que Rodrigo veio para o almoço.

Ele bateu na porta do quarto e Julia abriu, ela explicou tudo o que havia acontecido. Rodrigo pensou que a mulher deveria estar sonhando ou delirando mas ele decidiu ficar em casa o resto do dia.

A noite Rodrigo estava no banho, quando sentiu uma mão tocando seu ombro, ele se assustou e virou para ver quem era, mas só encontrou o vazio. Teve vontade de sair correndo mas não queria deixar a mulher mais impressionada. Ele sentiu que algo não estava certo, o terror o tomou completamente até que escutou uma voz.

“Mate sua esposa, ela esta te traindo com seus amigos, vai tomar todo seu dinheiro e te jogar na sarjeta, sai daqui e a enforque, mate-a, mate-a, ela só quer seu mal.” – escutou ele repetidas vezes.

Sem muito controle de si e já hipnotizado ele sai do banheiro e vai até o quarto onde Julia estava deitada na cama assistindo televisão.

“Põe roupa seu pervertido.” – falou Julia sorrindo. “Algo errado Rodrigo? Que cara é essa?” – questionou ao ver a feição do marido.

Rodrigo pulou na cama em cima de sua esposa e começa a estrangulá-la. Julia tentou gritar mas seu grito não podia passar pela garganta que estava sendo esmagada. Ela olhou ao redor de si e viu varias pessoas, todos vestidos de preto e dando gargalhadas ao ver a situação da mulher, ela pode então entender o que estava acontecendo, seu marido estava sobre a influencia de maus espíritos. Ela viu uma luz do lado de sua cama, e sua avó, que havia falecido quando ela ainda era um bebê estava do seu lado. Julia pensou que estava morta e sua avó teria vindo buscá-la.

“Segura na minha mão filha e repete o que eu disser, dentro de sua cabeça somente, não em voz alta.” – disse a senhora, começando a cantar o que parecia uma musica de oração.

Aos poucos Julia foi retomando sua força, viu os espíritos que atormentavam seu marido, porém eles não riam, mas gritavam. Rodrigo caiu do lado da cama desmaiado e quando Julia olhou para o lado, sua avó havia desaparecido junto com todos os outros espíritos. Ela correu até o telefone e ligou para sua irmã, que era médium e estava acostumada com o assunto.
Quando sua irmã chegou ao lugar andou por todos os cômodos, parecia estar muito assustada.

“Julia, você e Rodrigo tem que sair do apartamento agora e não voltem mais, mesmo que eu tente limpar-lo, espíritos das trevas sempre irão retornar para te atormentar. As macumbas e rituais demoníacos que foram feitos aqui marcaram o apartamento para sempre.” – disse sua irmã.

Quando Rodrigo acordou ela contou tudo a ele e mostrou as marcas dos dedos no seu pescoço. Furiosos eles pegaram algumas coisas pessoais e saíram do apartamento para nunca mais voltar. Porém antes, iriam até a casa dos antigos donos tirarem satisfação.

Chegando lá Rodrigo bateu na porta da casa que estava escura e parecia vazia. Muito nervoso por quase ter matado sua esposa ele chuta a porta até arrombá-la. Quando entraram na casa, viram que estava totalmente vazia.

“Não mora ninguém nessa casa a mais de vinte anos. O casal de velhos que morava aqui morreu há muito tempo, os filhos nunca entraram na casa, tinham medo de…” – disse uma voz vinda da porta de entrada.

“Eu estive aqui há dois dias e eles estavam vivos, me venderam um apartamento e…” – gritou Rodrigo mas foi interrompido pelo homem na porta.

“Eu te vi aqui, você conversou sozinho o tempo todo, achei que você era louco. Como ia dizendo, o casal era muito rico, diziam que tinham pacto com o diabo e me ofereceram por varias vezes para fazer o mesmo, eu como bom cristão me afastei deles, mas sempre  via que vinham pessoas aqui e eu podia escutar os gritos de tortura e encantos diabólicos, por varias vezes chamei a policia, mas nunca encontraram nada, os dois filhos que eles tinham, os abandonaram ainda muito jovens, quando os pais morreram doaram os móveis, mas eu nunca os vi entrar na casa.” – disse o homem.

“Vocês foram vitimas desses espíritos, provavelmente queriam o espírito de Rodrigo.” – disse a irmã de Julia.

Rodrigo deu um grito de terror. Quando os outros olharam, ali estavam os dois velhos com olhos vermelhos e sorriso tenebroso. Os quatro correram para fora da casa e fecharam a porta. Julia e Rodrigo se abraçaram por um longo tempo tendo em mente que agora deveriam recomeçar a vida do zero.

Dizem por ai que o casal continua a procura de almas para coletar, então cuidado, a sua pode estar sendo observada agora mesmo…


Pesquisa e Adaptação por: Milena Zorek!

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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

PROBLEMAS COM O CANAL ALÉM DA IMAGINAÇÃO REAL NO YOUTUBE!

O Youtube como uma medida arbitrária, retirou do ar nosso canal, por que reclamamos que outros canais vem utilizando os Relatos do Além, que são de nosso uso. Os antigos relatos e os novos.

Fizemos uma solicitação para o Youtube retirar um conteúdo nosso de outro canal, e o Youtube simplesmente tratou a nossa solicitação como fraudulenta e retirou o canal do Ar. Estou tentando reativar o canal o mais rápido possível, mas isso pode levar alguns dias ainda.

Para não prejudicar nossos inscritos e seguidores, criamos o canal no Dailymotion para continuar trazendo os conteúdos para vocês.

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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Contos do Além:  A Mulher Sem Cabeça!


Em 1997 fui com uma amiga passar as férias no interior de MG, na casa de meus avós. Eu e minha amiga, resolvemos ir a uma cidadezinha próxima, localizada a  uns 10 km dali.
Estávamos caminhando em uma estrada de terra, cercada de árvores de matos. A lua ainda estava clara e iluminava um pouco o caminho, foi quando em uma encruzilhada, avistamos uma luz muito forte e branca.
Parecia com uma mulher, resolvemos correr em direção a ela, pois parecia que ela estava nos esperando.
Na hora pensei que poderia ser alguma de minhas tias, nos esperando para acompanha-la na estrada, por ela está ali sozinha.
Naquele tempo não acreditava em assombrações, quando peguei impulso para correr, aquela luz se transformou em uma bola de fogo, saiu rapidamente da onde estava e entrou em uma outra rua. 
Essa rua era passagem para chegarmos na outra cidade, paramos de correr e voltamos a caminhar normalmente, achamos estranho o fato de aquela mulher está sozinha, parada no meio da encruzilhada e de repente desaparecer daquele jeito.
Não estávamos acreditando no que tínhamos acabado de ver.
Assim que entramos na rua, tomamos um susto, pois aquela mesma mulher estava caminhando em nossa frente, e a cada passo que ela dava , ela sumia e reaparecia novamente mais a frente, sempre caminhando no mesmo ritmo.
Nessa hora eu e minha amiga, já estávamos apavoradas, não acreditando no que estava acontecendo.
De repente ouvimos o barulho forte de um rojão sendo estourado, vinha de uma casa dessa mesma rua onde estávamos, nisso a mulher já estava a uns 30 metros de nós, subindo pela rua.
Soltamos um grito tão alto com o susto do rojão, que nos abraçamos com o susto do barulho, de repente senti que estávamos hipnotizadas naquela situação.
Então a mulher veio em uma velocidade incrível, e antes que trocássemos um passo, ela passou por nossas pernas e entrou naquela casa.
Após alguns segundos, um homem saiu daquela casa, dizendo ter se assustado com a gritaria, e nos perguntou o que estava acontecendo.
Morrendo de vergonha que ele tirasse sarro de nós, não queríamos dizer o que realmente aconteceu.
Desconfiado  ele nos perguntou se havíamos visto algo. Foi então que eu disse a ele, que estávamos com uma moça de vestido branco e ela havia entrado na casa dele, e estávamos procurando por ela.
O homem sorriu e disse:
- Vocês viram uma mulher na encruzilhada não é? Não se preocupem é normal ela aparecer por aqui, pois foi ali que o seu caixão quebrou e ela caiu no chão.
Ela costuma aparecer para o pessoal , sem a cabeça,  porque o marido dela pegou ela com outro e cortou a cabeça dela.
Ficamos impressionadas e ao mesmo tempo apavoradas, pois ainda faltava 10 km  para andarmos até a cidade, e naquela escuridão que já estava, resolvemos voltar para casa de meus avós. Chegando la relatamos o fato para eles, e eles disseram que já viram essa mulher várias vezes e que já estavam acostumados. Nunca mais voltamos a vê-la novamente.

Enviado por: Anonima!


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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Matéria do além:

5 LENDAS DE TERROR americanas!



Embora a maioria das pessoas não gostem de passar medo, os filmes e histórias de terror costumam fazer o maior sucesso pelo mundo. 
No entanto, quando a situação é real, a coisa muda de figura.
Pode tomar conta das pessoas, privá-las de suas reações instintivas de defesa ou fuga e assim por diante. É por isso que avisamos logo que nenhuma dessas histórias, que listamos abaixo, são realmente verdadeiras. Elas fazem parte de lendas urbanas.



1. Candle Cove, o teatro do terror.


A história que você vai conhecer agora se trata sobre um teatro de bonecos para crianças, chamado Candle Cove que foi apresentado na década de 70. O enredo tratava sobre uma garotinha que imaginava ter inúmeros amigos piratas com quem brincar.



Acontece que algo deu extremamente errado e o show parece ter sido interrompido. As crianças que assistiam à peça começaram a gritar compulsivamente e até mesmo os adultos que estavam no lugar, disseram que haviam presenciado algo obscuro e bastante perturbador.

Isso porque, conforme os relatos dos presentes, um dos personagens, o mais esquelético, considerado o principal vilão da história, mostrou uma reação totalmente demoníaca. 

Sua boca, que consistia em apenas o maxilar preso ao crânio, começou a deslizar para trás e para frente, abrindo e fechando compulsivamente.

Uma garotinha que estava assistindo ao teatro, sem entender, perguntou ao boneco porque ele estava fazendo aquilo. Foi então que algo muito errado aconteceu. O boneco ignorou a menina e respondeu olhando diretamente para a câmera: "Para arrancar sua pele!".



2. Rake, a criatura misteriosa.


Em 2003 no nordeste dos Estados Unidos, houve um incidente envolvendo uma criatura aparentemente humana, que atraiu muita atenção da mídia local. Depois que a história veio à tona a maioria dos documentos online e escritos foram misteriosamente destruídos. Mas os boatos sobre a criatura não sessaram  e muitos ainda disseram ter visto um ser bizarro durante a noite, nas casas daquela região.



O problema foi tão sério, que especialistas de várias áreas do conhecimento começaram a estudar as pistas do tal humanoide , em 2006 acabaram fazendo uma descoberta terrível. Conforme dezenas de documentos que encontraram, pessoas relatavam encontros medonhos com o tal ser, mencionado nos escritos como "Rake".

Dentre todos os relatos, a história mais chocante foi a de uma mulher, que relatou ter acordado no meio da noite, como havia despertado seu marido também, pediu desculpas por ter se virado com tanta força na cama. Acontece, no entanto, que ao se virar, o homem praticamente congelou e imediatamente arrastou sua mulher para o chão. Isso porque, ao pé da cama do casal, sentado de costas, estava a tal criatura.

Não houve tempo de fugir ou reagir ao ataque do Rack, que arranhou o rosto do homem em um gesto rápido. Assustado, o casal correu para o quarto da filha, que já estava completamente mutilada e dando os últimos suspiros. As últimas palavras da garota foram: "Ele é o Rake".





3. Para onde vão as crianças más?



Essa lenda  conta sobre um fotógrafo libanês que decidiu investigar sobre uma velha série, que ele costumava assistir quando era criança, durante a Guerra do Líbano.
Ele se lembrava que durante a meia hora de duração dos capítulos, as imagens pareciam táticas de intimidação, para manter as crianças da época sobre controle e evitar que se comportassem mal, uma vez que os episódios giravam em torno do que acontecia, às crianças que ficavam acordadas até tarde ou de castigo.
Mas a cena mais impactante, na opinião do fotógrafo, a que ele mais se recordava , era uma imagem que fechava cada episódio da série. Isso porque se tratava de um enquadramento que ia se fechando e se aproximando de uma porta de ferro, velha e enferrujada, de onde podiam ser ouvidos os gritos de lamento de várias crianças. Assim na medida que o zoom se aproximava da porta, mais alto ficava os gritos, até que uma legenda, em árabe, aparecia dizendo: "É onde as crianças más vão parar".


Depois de meses de investigação, o libanês finalmente conseguiu rastrear o velho estúdio onde a série que marcou sua infância foi gravada. Embora o lugar parecesse abandonado há muitos anos, a porta enferrujada que ele se lembrava estava lá, em um dos cantos do estúdio.


O fotógrafo então se aproximou e descobriu que atrás daquela porta que ele pensava ser fictícia, havia uma quarto coberto com vestígios de sangue, fezes e com ossos espalhados por todos os cantos. O que mais o assustou, entretanto, foi um microfone, que pendia do telhado do quarto, e ficava suspendo no meio da sala.




4. O buraco da fechadura.

Um viajante de passagem por uma cidade do interior, precisou encontrar um hotel para se hospedar, já que ficaria por alguns dias. Ele então deu entrada no primeiro estabelecimento que viu e foi logo pedindo as chaves de seu quarto.

A moça da recepção, no entanto, explicou que a porta sem número, vizinha à suíte onde o viajante ficaria era usada para estocar mantimentos e que ficava fechada dia e noite. Ela pediu para que ele não fosse até lá, nem tentasse abrir a porta, já que que o hotel determinava que nenhum hóspede poderia adentrar aquele lugar. Sem mais perguntas, o homem foi direto para seu quarto.

Na segunda noite em que passou ali, no entanto, o viajante não aguentou de curiosidade. Ele foi até a porta, então tentou abri-la. Mas, como a recepcionista havia alertado, o quarto estava realmente trancado. Ele então, resolveu espiar dentro do quarto, pelo buraco da fechadura.

Sem entender porque tanto suspense, ele viu apenas uma quarto comum, bem parecido com o seu, onde uma mulher muito pálida estava recostada na parede, bem em frente à porta. Confuso o viajante voltou a dormir.

Na noite seguinte, o homem decidiu olhar pelo buraco da fechadura mais uma vez. Dessa vez, no entanto, ele não conseguiu ver nada, a não ser uma mancha extremamente vermelha. Ele achou que a mulher, ao notar estar sendo espiada, tivesse colocado um pano vetando o buraco da fechadura.

Sem aguentar de curiosidade, o viajante foi até a recepção conversar com a mulher que o havia recebido no primeiro dia. Quando ouviu os relatos do homem, a recepcionista ficou assustada e disse a ele que contaria toda a história. Segundo ela, anos atrás, um homem havia assassinado sua esposa naquele quarto e seu fantasma nunca mais saiu dali. Aliás, tudo que contam sobre o espírito da moça assassinada é que se mostra muito pálido e com os olhos injetados de sangue, tão vermelho quanto jamais imaginado!


5. Jeff, o matador.

No dia em que se mudou para o novo bairro, Jeff um menino aparentemente comum, foi convidado para a festa de aniversário de seu vizinho. Enquanto ele e seu irmão se encaminhavam para onde estava acontecendo a comemoração, eles acabaram sendo atacados por um grupo de adolescentes parados em um ponto de ônibus.

Para defender seu irmão, Jeff revidou os ataques e deixou os garotos, muito mais velhos que ele, jogados no meio da rua, com os pulsos quebrados e profundos ferimentos de faca. Foi depois desse episódio, que o menino descobriu que sentia prazer em causar dor nas pessoas. Ele já desconfiava disso, mas até aquele momento nunca havia surgido uma oportunidade para provar a sensação que estava sentindo.

Certa noite, a mãe de Jeff acordou com os ruídos de alguém chorando. Quando chegou a banheiro, a mulher se deparou com o filho fazendo em si mesmo um corte profundo, de lado a lado da boca, como um sorriso permanente. Ele também havia conseguido cortar suas pálpebras, de modo que nunca mais pudesse dormir.

Vendo o garoto daquele forma, a mãe de Jeff achou que ele tinha ficado louco e saiu correndo, para acordar seu marido. Ela parou na porta do quarto no entanto, quando percebeu que Jeff estava lá, com aquela cara horrível, segurando uma faca. A última coisa que a mulher ouviu foi seu filho dizendo: "Mãe, você mentiu!".

Liu, o irmão de Jeff, tinha acordado no meio da noite e ouvido os sons abafados do quarto dos pais. Depois de alguns instantes, não conseguiu ouvir mais nada, simplesmente tentou dormir novamente. Mas o garoto não conseguia se livrar da sensação de estar sendo observado. E foi assim, antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, uma mão lhe tapou a boca e ele sentiu uma lâmina enfiando em seu estômago.

Liu tentou escapar do aperto das mãos, mas já era tarde demais. "Shiiiiiiiii, basta ir dormir", disse Jeff. Depois desse dia, o garoto nunca mais foi visto, mas diz a lenda que ele está por aí, sempre à espreita de sua próxima vítima.


Pesquisa e Adaptação por: Milena Zorek!


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