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NASA isola seis pessoas por um ano para simular como é a vida em Marte:
A equipe é composta por seis membros, três homens e três mulheres, de diferentes profissões: um astrobiólogo francês, um físico alemão e quatro norte-americanos, sendo estes um piloto, um arquiteto, um jornalista e um cientista de solo. Pelo período de um ano, todos vão viver isolados do resto do mundo perto de um vulcão inativo no Havaí - esta é a experiência de isolamento mais longa já feita pela agência para simular como os humanos sobreviveriam em Marte.
A instalação onde os voluntários vão ficar é bastante compacta, se comparada a outras construções. Trata-se de uma cúpula de 11 metros de diâmetro e 6 metros de altura, na qual cada pessoa terá direito a um pequeno quarto com espaço para uma cama dobrável e uma mesa. Não haverá ar, nem alimentos frescos, e dos poucos mantimentos disponíveis que eles terão acesso estão queijo em pó e conservas de atum.
Além disso, os futuros astronautas serão vigiados 24 horas por dia e terão acesso limitado à internet. Se quiserem sair para o exterior da cúpula, terão de usar trajes, como se estivessem mesmo em Marte. Os voluntários já começaram o experimento, que teve início às 15h00 no horário local (22h00 pelo horário de Brasília) do dia 28 de agosto.
De acordo com a NASA, tirando a preocupação com os desafios técnicos e científicos da viagem, levar essas pessoas para uma experiência de isolamento vai ajudar a entidade a compreender melhor o elemento humano da exploração e problemas que surgem quando não há água, comida e nem espaço de sobra para todos. Para a agência, experimentos como este são essenciais para apreender como funcionará o espírito de equipe dos astronautas que devem ser enviados ao planeta vermelho na década de 2030.
"Eu acho que uma das lições é que você realmente não pode evitar conflitos interpessoais. Vai acontecer durante estas missões de longa duração, mesmo com as melhores pessoas", comentou Kim Binsted, um dos pesquisadores da NASA que acompanha o projeto.
Os seis voluntários descreveram em suas páginas no LinkedIn como é participar da experiência. Sheyna Gifford, a jornalista, disse que agora faz parte de uma equipe que quer mudar o mundo. Tristan Bassingthwaighte, o arquiteto, afirmou que deseja contribuir para melhorar a capacidade das pessoas em "viver em ambientes extremos da Terra e de outros muitos" e espera aprender muito com a experiência.
Já Verseux Cyprien, o astrobiólogo, disse que pretende explorar maneiras de tornar uma colônia em Marte o mais independente possível da Terra, utilizando organismos vivos para transformar matérias-primas encontradas no planeta vermelho em produtos que podem ser consumidos por seres humanos, como líquidos e alimentos.
Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek
Fonte: BBC
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