Além da Imaginação Real

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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Contos do Além: Aquela Mansão!


Não é na Escuridão que está o motivo dos nossos Medos...
Para compreender o que desconhecemos, primeiro precisamos aceitar que ainda não compreendemos...

A casa era imensa e estava localizada em meio a um pequeno bosque, às margens de um lago profundo e de águas calmas, que embora límpidas, eram escuras. Tinha uma fama e tanto, de ser um lugar mal assombrado. Ninguém conseguia passar uma noite lá dentro. Morar ali então, nem pensar. Possuía muitos quartos em seus três andares construídos sobre uma sólida laje natural de pedra negra, uma espécie de basalto raro, quase à beira de um penhasco, digno de amedrontar os mais intrépidos alpinistas, ou demais pré-suicidas praticantes de desafios radicais.

Passados dezenas de anos, ainda permanecia majestosa e firme, apesar das paredes sujas devido à falta de manutenção. Seus donos eram prósperos, mas o tempo implacável lhes tirara tudo. Agora, embora não mais existissem, ao menos fisicamente, lá estava sua robusta morada, feita para durar mais que todos da sua linha de descendência. Pouco se sabia sobre os acontecimentos que culminaram com o início das assombrações no local, mas a história era clara: Os fantasmas do lugar, não eram nada amigáveis com os visitantes.

Os últimos enxotados fora um grupo de religiosos, que resolveram fazer um exorcismo para limpar a casa. Naquele grupo, organizado como uma espécie de liga da justiça divina contra as forças do mal, todas as religiões enviaram seus mais competentes, ilustres e sábios ministros. Conta-se que logo na entrada, um deles ficou completamente surdo com o sopro que um dos fantasmas deu nos seus ouvidos; nos dois ao mesmo tempo. Ficou desorientado por um tempo, sem saber nem onde estava, nem qual era seu nome. Depois, embora recobrasse a razão, permaneceu por um bom tempo sem a audição.

Sorte que, por ser sábio, conhecia a linguagem dos sinais, motivo pelo qual pode continuar se comunicando com os demais membros do grupo. Depois chegou a imaginar que fora beneficiado pela brincadeira da assombração, uma vez que os sons assustadores dos fantasmas arruaceiros não mais o perturbariam naquela noite. Infelizmente, para todos os presentes, a coisa não era tão simples assim. O fato é que, todos foram expulsos da casa poucas horas depois, mas não sem traumas psicológicos preocupantes.

O que mais impressionou ao grupo foi que, ao iniciarem o exorcismo, ao pronunciarem as primeiras palavras sagradas, os fantasmas completavam em voz alta toda a ladainha restante, inclusive com os cânticos dos rituais solenes, e ainda ensinaram aos religiosos algumas técnicas secretas que estes desconheciam. Sem contar que havia um coro de fundo, que recitava em tom canônico, como a imitar os cânticos gregorianos, todos os salmos bíblicos, ora em Latim, ora em Aramaico. Saíram da casa moralmente arrasados, psicologicamente desorientados, questionando a própria fé.

Mas, sem dúvida o que mais abalou a autoestima do grupo, foram as palavras finais daquele que parecia ser o fantasma chefe. Dissera em tom solene: “Voltem sempre e assim podemos ficar longas horas discutindo sobre todos os livros sagrados. Gostamos de realizar seminários para falar de coisas religiosas, doutrinas secretas e coisas assim. Nossas reuniões são sempre às terças e quintas, meia noite e meia em ponto. Vocês são, a partir de hoje, nossos eternos convidados, não é verdade pessoal?”. Um gemido horripilante, algo como “Hum, hum...”, em forma de coro, parecia ser a concordância do restante da comunidade fantasmagórica.

Detalhes à parte, uma nova família que ora estava chegando ao local, parecia não se importar com aquelas lendas e relatos assombrosos. Observaram a imponente fachada da enorme mansão, e aquela que parecia ser a matriarca comentou: “Pelo menos espaço teremos de sobra a partir de hoje...”

Entre eles, uma criança, que segurava na mão direita uma revista em quadrinhos, cujo título era “Histórias Assombrosas”, voltou-se para a senhora que fizera o comentário e disse: “Mãe, quero ver os fantasmas da casa, será que posso? A senhora deixa?“

“Deixa de coisa menino”, ressaltou a senhora em tom resignado, “Fantasma é coisa de gente, existe para os seres humanos. Eles aparecem e assustam pessoas. Somos Ratos, e fantasmas não assustam ratos...”

Meio desolado e olhando para uma das janelas la do alto da casa, ele suspirou, pegou sua mochilinha e subiu lentamente os degraus em direção à porta principal do casarão.

Moral da História:
A arrogância do saber é a mais negativa das vaidades...

Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek!


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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Roteiro de viagens do Além! #14

Todos os dias e anos em cada canto do mundo, o turismo de horror vem aumentando. Agências oferecem passeios em locais onde aconteceram homicídios, prisões oferecendo pacotes em que o hospede é tratado como um presidiário e visitas em casas mal assombradas. 
Porque as pessoas querem tanto visitar lugares que muitas vezes são marcados pelo sofrimento?
Os motivos são vários, desde aprender com os erros do passado como também apenas pela simples curiosidade, estudiosos querendo investigar esses fenômenos paranormais e etc.
Seja qual for seu interesse, tenha uma boa viagem



Del Salto:
Bogotá Colômbia

Atualmente a construção é ocupada por um museu impressionante, construído a beira de uma cachoeira de 137 m de altura, as quedas de Tequendama. Entre 1928 e 1992, foi um hotel de alto padrão acessível de trem a partir da capital da Colômbia.
Oficialmente acabou fechado porque as águas do rio ao lado sofreram contaminação industrial.
Mas as dezenas de casos de suicídio criaram uma lenda preocupante a respeito do edifício: de alguma maneira, algo ali estimulava as pessoas a se jogarem cascata abaixo. Deixando as pessoas pensarem que aquele local seria mesmo amaldiçoado.
Localizada no alto de um penhasco, constantemente coberta pela névoa e abandonada por mais de duas décadas, a Casona del Salto mais parece uma casa mal-assombrada de contos de fadas.
Depois de 26 anos de abandono, a Casona abriu novamente as portas neste ano, como um museu gerido por uma fundação e uma universidade.

Sigam algumas imagens reais do local:






Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek!

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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Contos do Além: Dormindo Sozinha!


Linda acordou com o telefone tocando na sala. Olhou em volta e notou que já era noite e pensou que estava atrasada, mas olhou no relógio e viu que ainda tinha muito tempo para chegar ao trabalho. Levantou-se da cama e foi olhar se a pessoa que ligou deixou mensagem. Ao sair do quarto viu sua filha Sara desenhando na frente da televisão.

“Oi mamãe.” – gritou a menina correndo em direção à mãe.

Sara era uma menina muito amorosa e dedicada, desde que o pai morreu, ela tem tomado conta da mãe da melhor maneira possível. Apesar de ainda ter 11 anos era muito madura e apesar da vida dura que levava sempre estava contente.

“Você atendeu o telefone? Quem era?”

“A babá, disse que não pode vir hoje, pois esta doente.” – respondeu a menina.

Linda franziu a testa com ar de preocupação, ela não podia faltar ao trabalho, pois o dinheiro já era curto e perder um dia de trabalho no bar onde trabalhava significaria mais dividas.

“Não tem problema, eu posso ficar em casa sozinha por hoje mãe, aliás, o Predador esta aqui para me proteger.” – disse Sara olhando para o pastor alemão deitado no sofá.

“Tudo bem, qualquer coisa estranha você pode me ligar no bar e eu venho pra casa correndo.” – respondeu a mãe preocupada.
Sara se preparava para dormir, verificou todas as janelas da casa e viu que uma das janelas do sótão fechava mais não trancava, pois o pino estava quebrado. Não deu muita importância, trancou a porta do sótão e foi para o seu quarto.

Ela entrou no quarto e chamou Predador que veio imediatamente e deitou-se de baixo da cama como de costume. Depois que havia deitado Sara colocou a mão de baixo da cama para o cachorro lamber. Isso era como um ritual noturno que ela fazia para se sentir mais segura.

No meio da noite Sara acordou com um barulho de água pingando. O barulho parecia que vinha do banheiro que ficava perto do quarto. Ela ficou com medo, pois esse barulho não estava lá quando ela foi dormir. Colocou a mão de baixo da cama e sentiu a lambida do cachorro, sentindo-se mais segura voltou a dormir.

Algum tempo depois a garota voltou a acordar com o mesmo barulho e colocou a mão embaixo da cama para o cachorro lamber outra vez, porém não sentiu nada.

“Predador!” – sussurrou “Predador!” – sussurrou uma vez mais.

O cachorro não respondeu com a lambida. Preocupada e com medo ela olhou embaixo da cama que estava vazia. Seu corpo estremeceu, por um momento pensou em cobrir a cabeça e ficar ali, mas decidiu ir atrás do seu cachorro.

Decidiu ir primeiro ao banheiro de onde o barulho vinha. Andou lentamente com passos pequenos em direção ao banheiro e quando chegou à porta não pode conter o grito de terror, pois a imagem era brutal. O banheiro estava todo ensanguentado, o cachorro pendurado pelo pescoço com a mangueira do chuveiro na parte metálica do box, seu corpo cortado de uma extremidade a outra e seu sangue pingava no chão.Sara gritou outra vez, mas o grito foi abafado por uma mão enquanto lia no espelho a frase. “Pessoas também lambem”.

Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek!


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sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Contos do Além: As flores da morte!


Conta-se que uma moça estava muito doente e teve que ser internada em um hospital. Desenganada pelos médicos, a família não queria que a moça soubesse que iria morrer. Todos seus amigos já sabiam. Menos ela. E para todo mundo que ela perguntava se ia morrer, a afirmação era negada.

Depois de muito receber visitas, ela pediu durante uma oração que lhe enviassem flores. Queria rosas brancas se fosse voltar para casa, rosas amarelas se fosse ficar mais um tempo no hospital e estivesse em estado grave, rosas vermelhas para sua morte.

Certa hora, bateu a porta de seu quarto uma mulher que entregou a mãe da moça um maço de rosas vermelhas murchas e sem vida. A mulher se identifica como "mãe da Berenice". Nesse meio de tempo, a moça que estava dormindo acordou, e a mãe avisou pra ela que a mulher havia deixado o buquê de rosas, sem saber do pedido da filha feito em oração.

Ela ficou com uma cara de espanto quando foi informada pela mãe que quem havia trazido as rosas era a mãe da Berenice. A única coisa que a moça conseguiu responder era que a mãe da Berenice estava morta há 10 anos.

No hospital ninguém viu a tal mulher entrando ou saindo.

A moça morreu naquela mesma noite. 

Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek!


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terça-feira, 13 de setembro de 2016

Roteiro de viagens do Além! #13

Todos os dias e anos em cada canto do mundo, o turismo de horror vem aumentando. Agências oferecem passeios em locais onde aconteceram homicídios, prisões oferecendo pacotes em que o hospede é tratado como um presidiário e visitas em casas mal assombradas. 
Porque as pessoas querem tanto visitar lugares que muitas vezes são marcados pelo sofrimento?
Os motivos são vários, desde aprender com os erros do passado como também apenas pela simples curiosidade, estudiosos querendo investigar esses fenômenos paranormais e etc.
Seja qual for seu interesse, tenha uma boa viagem


Ancient Ram Inn
Gloucestershire Inglaterra

Este é um caso clássico de imóvel construído sobre um cemitério.
O terreno tem 5 mil anos de história, e ao longo de vários séculos, foi ocupado por covas. A casa teria sido usada para fazer cultos para o demônio que exigiam sacrifício de crianças.
Resultado:
Visitantes que dizem sentir o ar ficar gelado de repente, ou que são puxados da cama. Hóspedes, homens e mulheres, teriam sido estuprados por seres da escuridão!
O Ancient Ram Inn está aberto ao público há 870 anos. Só nas décadas mais recentes, já foram encontrados, enterrados sob uma escada, ossos de uma mulher e uma criança. Além disso, um frequentador se enforcou.
Um encanador jura que viu um centurião romano surgir da parede.
Seres luminosos aparecem nos cantos e somem repentinamente.
O reverendo John Yates, antigo bispo de Gloucester, chegou a tentar exorcizar o local.
Não conseguiu e foi embora dizendo que nunca havia sentido a força do mal com tanta força.




Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek!


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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Lenda Urbana de Terror #6: O Taxista


Osvaldo estava estacionado com seu  táxi na porta de um shopping esperando por clientes. Ele adorava seu trabalho, sempre conversava com pessoas diferentes, e até estranhas no modo de ser, depois de 23 anos de trabalhando como taxista ele pensava que já tinha visto de tudo. Eram nove da noite de um domingo e ele estava pronto para ir embora, sua próxima corrida seria a última do dia.

“Esta livre?” – perguntou uma jovem que não devia passar dos vinte anos se aproximando do carro.

“Claro.” – respondeu Osvaldo abrindo a porta do táxi.

“Vamos para minha casa nesse endereço.” – disse a moça entregando um papel ao taxista.

O lugar ficava a meia hora do shopping, a passageira sempre silenciosa, mesmo quando ele fazia uma pergunta ela somente respondia acenando com a cabeça. Em um momento do trajeto ela começou a chorar.

“O que foi? Posso fazer algo para te ajudar?” – perguntou o motorista preocupado.

“Só me leva para casa estou com saudades da minha mãe.”

Após chegarem ao local a jovem desceu do carro e disse que voltaria logo para lhe pagar. Vários minutos se passaram, mas garota não havia retornado. Osvaldo impaciente desceu do carro e tocou a campainha, uma mulher já de meia idade abriu a porta.

“Desculpe-me senhora, mas é que eu estou esperando já tem muito tempo no carro e eu tenho que ir embora, a senhora pode chamar a moça que entrou alguns minutos atrás para ela me pagar?”

“Não sei do que o senhor esta falando, aqui ninguém entrou, estou com meu marido e moramos somente os dois aqui.” – respondeu a mulher.

“Que isso, peguei a menina no shopping e a trouxe até aqui. Tinha mais ou menos dezoito ou vinte anos, cabelos longos castanhos e pele bem clara, ela estava até chorando, dizia que sentia saudades da mãe.”

Sem dizer nada a mulher entrou na casa e voltou com uma fotografia na mão.

“É essa a garota?” – perguntou ela mostrando a foto a Osvaldo.

“Ela mesma.”

“Impossível, ela é minha filha, porém ela faleceu a mais de cinco anos em um acidente de carro quando voltava do shopping com alguns amigos.” – respondeu a mulher deixando as lagrimas escorrerem por seu rosto.

Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek!


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