Além da Imaginação Real

Além da Imaginação Real

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Os 10 bonecos mais mal-assombrados do mundo!


5- La Pascualita:

Desde 1930, uma história até hoje reconhecida como uma lenda é do conhecimento de todos no Chihuahua, no México: La Pascualita, conhecida também como “A mais bela noiva Chihuahua”, um manequim de vitrine exposto em uma famosa loja de noivas local, poderá ser o corpo embalsamado de uma jovem noiva morta no dia do casamento?

Os moradores de todo o estado conhecem e juram que a “manequim” é o corpo embalsamado da filha da Sra. Esparza Pascualita Perales Perez, a dona da loja. Quem chegou a conhecer a filha da proprietária afirma que a moça era idêntica ao manequim da vitrine. A moça, teria 17 anos na época e teria morrido vítima de uma picada da aranha viúva negra escondida no terço que ela carrega até hoje em uma das mãos (outras histórias afirmam que foi um escorpião). Atordoada com o morte da filha, Sra. Esparza pediu que o corpo fosse embalsamado e exposto na vitrine de sua loja. A mãe, morta em 1967, nunca desmentiu a história e a verdade foi enterrada com ela. Os próximos donos da mesma loja nunca tiraram a “noiva cadáver” da vitrine que está exposta há mais de 80 anos no mesmo lugar. As lendas não param por aí. Dizem que “corpo” seria amaldiçoado, e que vez ou outra mexe os olhos, levanta o queixo, chora e sorri. Os mais crentes da lenda garantem que em algumas noites ela deixa a vitrine e vaga pelo interior da loja.



O que deixa as pessoas intrigadas são os detalhes perfeitos que o manequim apresenta. Na realidade, La Pascualita seria um manequim meticulosamente construído em cera simples, trazido da França na década de 30, pelo primeiro proprietário da loja. A cera que reveste a pele é muito realista, o cabelo é natural e cuidadosamente inserido em seu couro cabeludo, os olhos de vidro possuem o contorno e brilho perfeitos que sugerem uma realidade impressionante. As mãos parecem tão reais que causa calafrios em quem observa de perto. A cor da pele das mãos, o interior das dobras, as rachaduras típicas, as unhas perfeitamente inseridas e até mesmo as impressões digitais foram feitas com tal perfeição nunca vista em outro manequim de cera.

Lenda ou verdade, La Pascualita é um “amuleto” para futuras esposas que insistem em comprar o mesmo vestido usado pelo manequim. Segundo a lenda, usar o vestido que já esteve no corpo de Pascualita traria sorte ao casamento. Até hoje, as noivas querem seguir a tradição de família, onde suas avós, e mães se casaram usando o vestido da Pascualita.



Biologicamente falando, o corpo humano inicia seu processo de decomposição muito rapidamente. E mesmo com o tratamento de taxidermia é impossível manter um corpo humano real tão bem preservado em tantos anos. O cadáver da menina, chamada Rosália Lombardo, morta há mais de 94 anos que ainda parece perfeito passou por um processo diferenciado e por isso precisa ser monitorado com luz controlada e oxigênio quase zero dentro da redoma. Assim, seria impossível que um cadáver como sugere a lenda de La Pascualita pudesse ficar exposto por tantos anos sem sofrer danos.

Poderia Pascualita realmente ser um cadáver de 75 anos de idade?

Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek!


Acessem e se inscrevam também no nosso canal Além da Imaginação Real: Clique Aqui!

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Roteiro de viagens do Além! #9

Todos os dias e anos em cada canto do mundo, o turismo de horror vem aumentando. Agências oferecem passeios em locais onde aconteceram homicídios, prisões oferecendo pacotes em que o hospede é tratado como um presidiário e visitas em casas mal assombradas. 
Porque as pessoas querem tanto visitar lugares que muitas vezes são marcados pelo sofrimento?
Os motivos são vários, desde aprender com os erros do passado como também apenas pela simples curiosidade, estudiosos querendo investigar esses fenômenos paranormais e etc.
Seja qual for seu interesse, tenha uma boa viagem



Catacumba Dos Capuchinhos

Há mais de 400 anos, as criptas subterrâneas do Convento da ordem dos Capuchinhos na cidade recebem corpos tratados sempre da mesma forma: as roupas são retiradas, a pele é banhada com vinagre e depois embalsamada. O morto é vestido e protegido em urnas de cristal.
No começo , apenas religiosos eram preservados dessa forma, até que as famílias mais ricas da Sicília pediram para conservar seus integrantes.
A popularidade do lugar cresceu tanto que muitas pessoas doentes chegaram ao ponto de escolher com antecedência as roupas que seriam colocadas em seu corpo mumificado! As criptas ficaram lotadas em 1880 e se tornaram uma espécie de museu bizarro.
Organizadas em câmaras, dedicadas a sacerdotes, crianças, virgens, monges, homens, mulheres e idosos, abrigam mais de 8 mil múmias impressionantes. como a de Rosália Lombardo, uma menina de 2 anos que parece mais uma boneca de porcelana.


Entre muitas outras histórias:


Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek!


Acessem e se inscrevam também no nosso canal Além da Imaginação Real: Clique Aqui!

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Roteiro de viagens do Além! #8

Todos os dias e anos em cada canto do mundo, o turismo de horror vem aumentando. Agências oferecem passeios em locais onde aconteceram homicídios, prisões oferecendo pacotes em que o hospede é tratado como um presidiário e visitas em casas mal assombradas. 
Porque as pessoas querem tanto visitar lugares que muitas vezes são marcados pelo sofrimento?
Os motivos são vários, desde aprender com os erros do passado como também apenas pela simples curiosidade, estudiosos querendo investigar esses fenômenos paranormais e etc.
Seja qual for seu interesse, tenha uma boa viagem


A Floresta Aokigahara
Ilha Honshu, Japão

Logo no estacionamento onde encontra-se a entrada da floresta Aokigahara, sempre existem carros abandonados há meses, de pessoas que entraram para nunca mais sair.
Uma placa ao lado suplica: ''sua vida é um bem precioso para seus pais. Por favor pense neles, em seus irmãos e filhos''.
Para mais ou menos 100 pessoas por ano, em média, o apelo é em vão. Daí os carros abandonados na entrada. Ou as barracas vazias, cheias de comida estragando.
Ou os bilhetes de suicídio pregados aos troncos ou as cordas penduradas nos galhos das árvores centenárias.


As plantas foram um cenário tão denso que o ambiente é sempre um tanto escuro, mesmo nos dias de mais sol. O silêncio é dos mais profundos. É tão fácil se perder que faixas amarelas esticadas para todo lado, como linhas de orientção, indicam que algumas pessoas entram na Floresta do Suicídio sem ter certeza de que querem mesmo se matar.
Com 35km² a área de mata fica espalhada aos pés do Monte Fuji, o mais alto do Japão. Por algum motivo misterioso, há várias décadas, pelo menos, o lugar é procurado por pessoas dispostas a se matar, geralmente por enforcamento ou por envenenamento.


Reza a tradição que a floresta era o destino das famílias que cometiam o ubasute, o suposto antigo costume nipônico de abandonar á própria sorte os mais velhos e os inválidos. Inconformados, seus espíritos teriam se tornado demônios raivosos, os yurei, que se vingariam forçando os jovens visitantes a se matar.
A explicação sobrenatural ajudaria a entender o porque das barracas e das bolsas com água e comida;afinal, se a pessoa já entrou disposta a morrer, porque se dar a esse trabalho todo?
Será que ela não foi atraída por alguma força sobrenatural, que depois a forçou a se matar?
'' É possível que o cenário obscuro e as lendas em torno do local estimulem jovens deprimidos a tirar a própria vida''
Em 1960 o lançamento do romance Kuroi Jukai (''O Mar Negro de Árvores'', sem tradução para o português) reforçou a mítica do lugar. No texto de Seichõ Matsumoto, um romancista muito popular no Japão, uma garota de coração partido procura Aokigahara para se matar. Considerando apenas os 54 anos que se passaram desde então a média anual de corpos, é de se imaginar quantos fantasmas habitam a floresta, segundo a crença local de que a alma de corpos abandonados fica vagando, perdida. É como se a floresta estivesse tomada por espíritos irritados no estilo da menina do poço do filme O Chamado.


Pode-se acreditar ou não em fantasmas, mas os cadáveres estão lá, e são muitos. Dada a dificuldade em explorar o local, a polícia faz apenas uma coleta por ano, para retirar todos os restos mortais que consegue encontrar. Por isso quem se atreve a entrar na floresta está sujeito a esbarrar em cadáveres em diferentes estados de decomposição.
O mais curioso é que a área é interessante para os ecoturistas porque tem uma série de cavernas de grande beleza e pontos de onde é possível ver o Monte Fuji de ângulos exclusivos.


Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek!


Acessem e se inscrevam também no nosso canal Além da Imaginação Real: Clique Aqui!



terça-feira, 12 de julho de 2016

Os 10 bonecos mais mal-assombrados do mundo!


4- A Boneca Annabelle:

No caso de Annabelle, diferente de Invocação do Mal, a retratação apresentada no filme não é a real história da boneca, seria como uma explicação para o que veio a acontecer com ela, quem sabe até servindo de introdução para um segundo filme, este sim com a verdadeira história de Annabelle, mas como não sabemos se isto irá ou não acontecer, vamos espalhar o terror e contar um pouco mais sobre o casal Warren e a boneca Annabelle.
Ed e Lorraine Warren são do pequeno distrito de Monroe em Connecticut nos Estados Unidos e dedicaram suas vidas a explorar fenômenos sobrenaturais e possessões demoníacas por todo o país. Lorraine começou a ter visões e mostrar uma sensibilidade fora do comum quando ainda era criança, mas por estudar em colégio religioso achou por bem manter este seu “dom” em segredo. Quando conheceu e se casou com Ed, começaram a viver juntos as maiores aventuras já registradas pelo mundo sombrio e desconhecido do ocultismo, entre elas o famoso caso de Amityville, que também rendeu um filme, mas sem a participação deste destemido casal. Juntos, eles investigaram mais de dez mil casos e levaram consigo todo tipo de objeto de cultuação, possessão e invocação que encontraram pelo caminho. Toda esta coleção formou o que é hoje o “lugar mais assombrado da Terra”, o Museu de Ocultismo dos Warren onde todas estas peças singulares ficam expostas a visitantes.

A Verdadeira História:

Donna era uma jovem estudante de enfermagem de Connecticut que dividia um apartamento com sua amiga Angie. Em seu aniversário Donna ganhou de sua mãe uma boneca de colecionador, comprada em uma loja de objetos usados. Para jamais se esquecer do carinho de sua mãe, sempre que saía de casa Donna a deixava sobre sua cama, mas alguns dias depois as amigas começaram a notar que quando voltavam para casa a boneca estava em uma posição diferente e às vezes em outro cômodo da casa. Intrigadas com estes acontecimentos as garotas resolveram chamar uma médium para ver se havia algo errado com a boneca, e foi constatado que ela estava “possuída” pelo espírito de uma garotinha chamada Annabelle, que morreu naquele apartamento há muito tempo e estava feliz com a presença das jovens, convencendo-as a deixar que a garotinha “morasse” com elas através da boneca.
As jovens recebiam frequentemente a visita de seu amigo Lou, que nunca acreditou em nada sobrenatural, caçoando sempre da história da boneca. Certa vez Lou estava cochilando à tarde no sofá do apartamento das amigas quando teve uma sensação estranha, como se fosse um pesadelo, a boneca subira por suas pernas e o estava estrangulando. O rapaz acordou assustado e ofegante, sentindo o pescoço apertado e quando abriu a camisa viu que estava todo arranhado. Assustadas as garotas chamaram o Padre Hegan, conhecido delas, para tentar entender melhor o que estava havendo. O padre, ao perceber que se tratava de algo muito além do que ele já havia visto, comunicou seu superior, o Padre Cooke, que já havia participado de exorcismos e poderia ajudá-las. Padre Cooke, por sua vez, devido à grande força maligna da entidade, pediu auxílio a Ed e Lorraine para desvendar o mistério da boneca. Os Warren contataram Donna que explicou a situação e recebeu a visita dos demonólogos, que constataram não se tratar de um espírito humano, mas sim algo não humano, um demônio que estava manipulando a boneca para tentar possuir uma alma humana, provavelmente a de Donna. Na tentativa de livrar o apartamento do mal, Ed pediu ao Padre Cooke que realizasse um exorcismo no apartamento e na boneca. Feito isso, o casal pegou a boneca e a levou embora, pois caso algo ainda estivesse com ela, eles teriam um maior controle.


No caminho de volta para Monroe o carro de Ed e Lorraine começou a falhar estranhamente, derrapava nas curvas, os freios e a direção por vezes não funcionaram e o motor simplesmente desligava sem motivo algum. Em um momento quando saíram da estrada Ed foi até o banco de trás onde estava Annabelle e jogou uma grande quantidade de água benta fazendo o sinal da cruz na boneca, o que parece ter acalmado seus ânimos e os permitiu que chegassem em segurança à sua casa. Ao chegar Annabelle continuou a se manifestar por vários dias, Lorraine conta que a viu levitar, mover os braços e aparecia em lugares diferentes de onde estava, principalmente na poltrona de Ed. Certo dia o casal recebeu a visita do Padre Jason Bradford que pegou a boneca e encarando-a disse: “Você é apenas uma boneca de pano Annabelle, você não pode machucar ninguém” e a jogou longe, sendo imediatamente repreendido por Ed: “Isso é uma coisa que é melhor você não dizer”. Cerca de uma hora após a saída do Padre, Lorraine recebe um telefonema dele contando que se envolvera num acidente de carro quase fatal, seus freios pararam de funcionar bruscamente em um cruzamento movimentado. Desde então Annabelle está no museu anexo à casa deles, trancada em um caixa de madeira e vidro.
Em determinada ocasião, Ed recebeu no museu um casal que foi atraído pela história da boneca e quis conhece-la. Ed contou toda a história a eles, mas cético da situação, o rapaz bateu no vidro e desafiou Annabelle a fazer algo com ele para provar que ela era realmente capaz disso. Ed o expulsou imediatamente do museu, e mais tarde ficou sabendo que o casal sofreu um acidente de moto voltando para casa, o rapaz bateu a cabeça em uma árvore e morreu. A namorada dele sobreviveu, mas passou mais de um ano hospitalizada e quando perguntada sobre o acidente ela só lembrava-se de rir da boneca e depois acordar no hospital.


Annabelle permanece em sua caixa no museu dos Warren, recebendo a visita de um padre duas vezes por semana. Ed infelizmente não está mais aqui para contar suas histórias, mas Lorraine continua ajudando as pessoas e guardando o assombrado museu. Acreditando ou não no sobrenatural, talvez seja melhor não brincarmos com o que não conhecemos.

Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek!


Acessem e se inscrevam também no nosso canal Além da Imaginação Real: Clique Aqui!

domingo, 10 de julho de 2016

Vejam o resultado do sorteio do nosso canal Além da Imaginação Real!


Obrigado a todos que participaram!


quinta-feira, 7 de julho de 2016

Roteiro de viagens do Além! #7

Todos os dias e anos em cada canto do mundo, o turismo de horror vem aumentando. Agências oferecem passeios em locais onde aconteceram homicídios, prisões oferecendo pacotes em que o hospede é tratado como um presidiário e visitas em casas mal assombradas. 
Porque as pessoas querem tanto visitar lugares que muitas vezes são marcados pelo sofrimento?
Os motivos são vários, desde aprender com os erros do passado como também apenas pela simples curiosidade, estudiosos querendo investigar esses fenômenos paranormais e etc.
Seja qual for seu interesse, tenha uma boa viagem


Oradour-sur-Glane
França

Na manhã do dia 10 de junho em 1944, o vilarejo foi cercado por militares nazistas.
Eles ouviram boatos de que havia um grupo de resistência mantendo um oficial da SS como refém.
Mulheres e crianças foram levadas para dentro da igreja. Os alemães haviam colocado uma bomba lá dentro.
Quando explodiu, quem sobreviveu e conseguiu escapar encontrou um pelotão de fuzilamento posicionado na porta.
Colocados dentro de celeiros, os homens tomaram tiros nas pernas.
Em seguida cerca de 200 militares tocaram fogo nas construções. Morreram cerca de 642 habitantes e menos de 20 sobreviveram.
O que sobrou da vila original foi mantido exatamente da maneira como os nazistas deixaram: com janelas arrebentadas e móveis espalhados pelo chão.
As almas dos moradores circulam até hoje pelas casas. Com frequência, é possível sentir o cheiro de madeira e de carne humana queimadas.


Nos restos de edifícios do vilarejo, pode-se ver objetos pessoais dos habitantes, como panelas, máquinas de costura e carros queimados pelas ruas. Além disso, em cada prédio consta uma placa relembrando o que funcionava ali, ou a quem pertencia a casa. A cidade permaneceu assim sob as ordens do presidente da França, Charles de Gaulle, após o fim da guerra, como símbolo de memória das atrocidades cometidas.


Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek!

Acessem e se inscrevam também no nosso canal Além da Imaginação Real: Clique Aqui!

terça-feira, 5 de julho de 2016

Contos do Além: O Ultimo Trem!


Marcelo e Juliana estavam sentados no teto de um dos últimos vagões de um antigo trem de carga que seguia na direção do extremo sul do Brasil. A prática de se embarcar clandestinamente nesse tipo de veículo era muito antiga e vinha sendo utilizada recorrentemente por todo o tipo de gente, de fugitivos passando por andarilhos sem dinheiro até simples aventureiros, que se lançavam em uma viagem deste tipo com o único objetivo de vivenciar uma aventura diferente. E era nessa última categoria que se encaixava o jovem casal do qual estamos falando. Eles já haviam voado de asa delta no Rio de Janeiro, saltado de bungee jump em São Paulo, praticado rafting no Rio das Antas, no Rio Grande do Sul e escalado o Pico da Neblina, no Amazonas. Naquele momento, acampar em um local ermo e isolado em uma região de matas, no interior de Santa Catarina, parecia uma boa pedida para as pretensões íntimas do casal. Ainda mais se este acampamento estivesse entremeio a uma excitante viagem clandestina em um trem antigo e barulhento.
- Veja! Lá na frente há uma grande curva. – disse Marcelo – O trem vai diminuir bastante a velocidade e é nesse momento que vamos saltar.
Juliana consentiu com um aceno de cabeça. Rapidamente, os dois desceram por uma minúscula escada de metal que ficava entre dois vagões e ficaram no aguardo do momento ideal para saltar. Quando iniciou a curva, o trem diminuiu drasticamente a velocidade, de forma que o casal entendeu que era a hora certa. Jogaram as mochilas nos arbustos que ficavam na margem da ferrovia e, depois de uma otimista troca de olhares, pularam quase ao mesmo tempo. Rolaram brevemente pela relva de um pequeno declive e, poucos instantes depois, já estavam se levantando, sorridentes.


- Nossa! Você foi muito preciso em seu plano! – disse Juliana, empolgadamente.
- Com certeza! – respondeu Marcelo – Mas como eu lhe disse: basicamente só repeti o mesmo cronograma que foi colocado em prática quando fiz tudo isso em companhia do meu irmão e dos meus primos, há mais de dez anos atrás.
- Ok. E agora? – perguntou a moça.
- Agora vamos descer por ali e procurar um bom lugar para acampar, pois logo vai anoitecer. Esse foi o último trem para o sul. Amanhã, pouco depois das 14:00 horas, devemos estar a postos naquela mesmo curva para embarcarmos na lata velha que nos levará para casa.
- Mas será que conseguiremos subir com o trem andando? – questionou Juliana.
- Claro! – respondeu Marcelo, confiante – Você não viu como ele fica extremamente lento enquanto faz a curva? Conseguiremos embarcar sem problemas.
Em seguida, o casal ajuntou as mochilas e seguiu por dentro da mata na direção leste por pouco mais de 1 km, onde encontraram uma pequena clareira e montaram acampamento. Rapidamente, as sombras da noite tomaram conta da paisagem.
- A que distância estamos da cidade mais próxima? – perguntou Juliana, enquanto colocava mais alguns galhos secos na fogueira.
- Creio que a uns 30 km. – respondeu Marcelo, enquanto aprontava a lingüiça para o churrasco – Mas acho que a 5 ou 6 km no sentido leste deve haver algumas pequenas fazendas. Pelo menos foi isso que os meus primos disseram da outra vez em que estive por aqui.
- Ah, então isso significa que nesta noite estarei totalmente a sua mercê... – disse a moça, de forma maliciosa.
- Com certeza! – respondeu Marcelo, em tom semelhante – Mas esse era um risco do qual você já tinha conhecimento, não é mesmo?
Antes que o casal pudesse dar prosseguimento ao diálogo provocante, um grande barulho se fez ouvir em meio à mata, nas proximidades do acampamento. Era como se alguém, ou alguma coisa, estivesse se aproximando rapidamente, esmagando os galhos e folhas secas que havia no caminho.
- Marcelo, o que será isso?! – questionou Juliana, visivelmente amedrontada.
- Calma! – respondeu o rapaz, pegando a sua faca de caça – provavelmente seja apenas uma lebre.
- Parece ser algo bem maior do que uma lebre... – retrucou a moça.
Então, seguiram-se alguns instantes que pareciam intermináveis, até que finalmente, uma mulher surgiu correndo de dentro da mata. Estava seminua, suja e com diversas escoriações pelo corpo.
- Ajudem-me! Ajudem-me! – gritava a desconhecida – Eles estão vindo e querem me matar! Vocês precisam detê-los!


Marcelo e Juliana bem que tentaram reter a mulher e lhe fazer algumas perguntas, mas ela se desvencilhou apavoradamente e seguiu correndo para dentro da floresta, na direção oposta de onde tinha vindo. Nesse instante, o casal ouviu novos barulhos de passos se aproximando.
- Não saia daqui! – ordenou Marcelo para Juliana, ao mesmo tempo em que pegou um grosso galho que seria usado na fogueira e se escondeu em meio aos arbustos.
No instante seguinte, um homem adentrou na clareira portando uma espingarda em mãos. Juliana gritou assustada, no exato momento em que Marcelo surgiu detrás dos arbustos e desferiu uma violenta paulada na cabeça do desconhecido, fazendo-o cair ao chão desacordado.
- Vamos logo, Juliana! Tire aquela corda da barraca e traga até aqui! Vamos amarrá-lo! – exclamou Marcelo, pegando a espingarda do misterioso sujeito.
Assustada, a moça tratou de seguir rapidamente a orientação do namorado. Porém, mal eles haviam amarrado o estranho, e mais uma vez os barulhos vindos da mata indicavam que alguém estava se aproximando. Marcelo pegou a espingarda do desconhecido e ficou a postos. Logo depois, um segundo homem apareceu no acampamento e, a exemplo do primeiro, também estava armado.
- Largue a arma! – ordenou Marcelo.
- Mas espere, deixe-me explicar... – tentou argumentar o estranho.
- Largue a arma ou eu estouro a sua cabeça agora mesmo! – insistiu Marcelo.
Sem opção, o estranho soltou a espingarda e ergueu as mãos para o alto.
- Juliana, pegue aquela espingarda e traga-a para cá! – ordenou Marcelo.
Mesmo receosa, a moça se aproximou lentamente, ajuntou a arma e correu de volta para o lado do namorado. Nesse instante, o homem que estava amarrado no chão despertou desorientadamente.
- Seus canalhas! O que pretendiam fazer com aquela moça? Seqüestrá-la? Estuprá-la? Ou algo mais criativo? – indagou Marcelo.
- Você não sabe de nada, rapazinho! – respondeu o homem que chegara por último – Ela estraçalhou dois empregados da minha fazenda!
- Ah, com certeza! – retrucou Marcelo, de forma irônica – É mesmo bastante provável que uma garota de pouco mais de um metro e meio de altura tenha condições de estraçalhar dois homens.
- Você não a conhece, garoto! Ela não é uma mulher normal. – disse o sujeito que estava amarrado.
- Anormais são vocês! – exclamou Marcelo – Não me admira que aquela pobre moça tenha corrido daqui como se fosse o diabo fugindo da cruz!
- Mas ela vai voltar, com certeza. – afirmou um dos estranhos – Nessa região ela não vai encontrar uma refeição mais apetitosa do que nós.
- Escute, meu jovem: que tal você me devolver a espingarda e soltar o meu amigo? – disse o outro desconhecido – É o melhor a fazer se pretendem sair vivos dessas matas.
Marcelo já se preparava para rebater as palavras do sujeito, quando ouviu um grito arrepiante às suas costas. Ao se virar, só teve tempo de ver o homem que estava amarrado no chão sendo arrastado para dentro da mata fechada enquanto gritava e esperneava desesperadamente.
- O que foi aquilo?! – indagou Marcelo.
- Alguém o pegou, mas foi muito rápido! Não consegui ver quem era! – disse Juliana, com voz trêmula.
- É ela! – exclamou o desconhecido – Se não reagirmos ela vai matar a todos! Devolvam-me uma das espingardas, rápido! Elas estão carregadas com balas de prata!
Em dúvida sobre o que fazer, Marcelo permaneceu imóvel por um instante, e esse momento de hesitação foi decisivo. Com espantosa rapidez, uma enorme criatura saiu de dentro da mata, no lado oposto da clareira, e saltou sobre o desconhecido. Surpreso e indefeso, o homem só teve tempo de vislumbrar os olhos avermelhados e reluzentes da criatura, instantes antes dela cravar as afiadas presas em sua garganta e dilacerá-la com uma vigorosa mordida


Apavorado, Marcelo disparou dois tiros na direção do monstro, mas sem que nenhum deles atingisse o alvo. Contudo, tal atitude foi suficiente para chamar a atenção daquele horrendo ser que, de forma muito ágil, saltou na direção do rapaz e desferiu uma patada na espingarda que ele tinha em mãos, fazendo-a voar para longe. No instante seguinte, uma nova patada foi desferida pelo monstro, desta vez atingindo Marcelo no peito e derrubando-o ao chão.
Atordoado pelo golpe, o rapaz tentou se afastar rastejando, mas seu avanço logo foi interrompido no momento em que ele sentiu as presas pontiagudas da besta perfurando a carne da sua perna e provocando uma dor tão alucinante que o fez crer que iria desmaiar. Porém, no instante em que estava prestes a perder os sentidos, Marcelo ouviu o estrondo de um tiro anteceder um urro ensurdecedor que foi emitido a centímetros de sua cabeça. Depois de um breve instante de silêncio, que lhe pareceu extremamente longo e angustiante, o rapaz ouviu a voz chorosa da namorada.
- Marcelo! Marcelo, você está bem?! – gritava a moça.
O rapaz reabriu os olhos lentamente, mas ainda teve tempo de ver Juliana se agachando ao seu lado portando em mãos uma das espingardas trazidas pelos estranhos. Um pouco mais a frente, estava o corpo nu e ensanguentado da moça desconhecida que havia passado correndo pelo acampamento alguns minutos antes.
- Meu Deus! A moça era mesmo aquela coisa! – exclamou Marcelo, pasmo.
- Sim, mas esta morta! – disse Juliana, abraçando o namorado – Eu a matei.
- Você atira melhor do que eu! – disse o rapaz, tentando soar descontraído.
- Essa é só mais uma das várias coisas que eu faço melhor do que você! – retrucou a moça, no mesmo tom – Como está a sua perna?
- Doendo horrivelmente. Mas vou sobreviver. – afirmou Marcelo, sem ter a noção exata do que isso significava. 

Conto Enviado Por: Adriano Pinheiro Sidrão


Acessem e se inscrevam também no nosso canal Além da Imaginação Real: Clique Aqui!


sexta-feira, 1 de julho de 2016

Os 10 bonecos mais mal-assombrados do mundo!


3- Chuck o Boneco Assassino:

O filme foi inspirado numa vingança realizada por uma enfermeira jamaicana, habilidosa em magia negra e vodu, que estava insatisfeita com a família Otto. Ela entregou ao garoto Eugene Otto um boneco possuído em Kay West, 1904. De acordo com os familiares, Eugene era flagrado constantemente conversando com o brinquedo; e ele costumava aparecer em lugares estranhos e a ter movimentos não condizentes com sua capacidade. Certa noite, os pais foram acordados com gritos de desespero do menino, móveis derrubados e a presença macabra de Robert. Depois que Eugene morreu em 1974, o boneco – que ficava em seu sótão – foi vendido para uma nova família, onde fatos similares foram testemunhados com uma menina. Mesmo hoje em dia, após quarenta anos, ela ainda afirma que o boneco quer matá-la. Atualmente, Robert possui site e faz parte do Museu Martello em Key West. Ele é destaque em passeios fantasmas, com sua roupa do início do século passado ao estilo marinheiro, segurando um leão. Dizem que se você quiser tirar foto com ele, deve pedir educadamente ao boneco, se não...



A Verdadeira História:

Em 1896, uma empregada – praticante de vodu, segundo a história – descontente com seus patrões resolveu fazer algo para “retribuí-los”.
Deu de presente ao filho do casal, Robert Eugene, um boneco de 1 m de altura e recheado de palha. Tinha um rosto humanizado e se tornou muito adorado pelo garoto. Ele decidiu chamar o boneco de “Robert”.
O boneco se tornou companhia inseparável de Gene. Seu pai costumava ouvi-lo constantemente falando com o boneco. Isso seria normal, se os pais não ouvissem Gene respondendo a si mesmo com uma voz completamente diferente da sua.
Coisas estranhas começaram a acontecer. Vizinhos diziam ver Robert aparecer de janela em janela, quando a família estava fora de casa. Gene começou a culpar Robert quando algo errado acontecia. Seus pais diziam ouvir risos do boneco e podiam jurar ver o vulto de Robert correndo pela casa.
Gene começou a ter pesadelos e acordar gritando. Quando seus pais entravam no quarto encontravam-o bagunçado, com móveis virados, com o menino encolhido com medo e o boneco nos pés da cama sentado. “Foi o Robert!”… O boneco foi colocado no sótão e ficou lá por muitos anos.
Quando os pais de Gene morreram ele redescobriu Robert no sótão. O poder de Robert sobre Gene era forte e no momento em que Gene pôs os olhos em Robert, sua influência pode ser sentida novamente. A esposa de Gene sentia-se desconfortável com o boneco. Um dia cansou-se do olhar incômodo do boneco e o devolveu ao sótão. Gene ficou chateado e exigiu que Robert tivesse um quarto só para ele, de onde pudesse ver a rua pela janela. Ele colocou o boneco em um quarto, próximo à janela. Pouco depois a sanidade de Gene começou  a ser questionada.
Os cidadãos de Key West ouviram falar de Robert e sua maldade. Muitos diziam ver Robert na janela rindo de suas caras quando passavam pela casa. Crianças evitavam passar perto da casa com medo do olhar maligno de Robert.
Gene, disse que certa vez ao visitar Robert em seu quarto, encontrou-o na cadeira de balanço com raiva de seu quarto. Isso fez com que Gene se enchesse de Robert, mas o boneco tinha outros planos.
Visitantes diziam ouvir passos indo e vindo no sótão e estranhas risadas, após um tempo as visitas cessaram na casa de Gene.
Gene morreu em 1972 e a casa foi vendida a uma outra família e o conto de Robert foi esquecido…
Mas Robert esperou pacientemente até ser novamente redescoberto no sótão pela filha de 10 anos dos novos proprietários da casa. Pouco tempo depois a menina começou a se queixar que Robert a torturava e infernizava sua vida. Mesmo após 30 anos ela continua a afirmar que “O boneco estava vivo e queria matá-la”.
Robert, ainda vestido em sua roupa branca de marinheiro vive confortavelmente, ainda que bem guardado, no Key West Martello Museum. Funcionários do museu continuam a relatar que Robert ainda faz seus velhos truques nos dias de hoje.


Pesquisa e Adaptação: Milena Zorek!

Acessem e se inscrevam também no nosso canal Além da Imaginação Real: Clique Aqui!